quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

PERFIL DOS MILITARES BRASILEIROS MORTOS NO TERREMOTO NO HAITI

Cabo Douglas Pedrotti Neckel
O Exército brasileiro confirmou nesta quarta-feira que 14 soldados brasileiros morreram no tremor de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti na véspera.

O terremoto matou ainda a brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.

Entre os militares mortos, está o 2º sargento do Exército, Davi Ramos de Lima, que deveria ter retornado para o Brasil no último dia 4, mas teve a viagem cancelada por "problemas de burocracia", segundo seu irmão Ari Lima, que conversou por telefone com a Folha Online de João Pessoa, na Paraíba.

Leia perfil de Davi Ramos de Lima
Já o soldado Tiago Anaya Detimermani, que também morreu no terremoto, voltaria para o Brasil no próximo dia 19, segundo relatos da sua tia avó, Geni Baesso Detimermani de Moraes.


Leia o perfil de Tiago Anaya Detimermani
Após vários anos sem conseguir comemorar o aniversário com os parentes por causa do trabalho, o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, de 26 anos, pretendia passar a data --em 8 de fevereiro-- com a família. Um dia antes da tragédia que o matou, ele telefonou para o pai, Alacir José Mário

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Leia o perfil do tenente Bruno Ribeiro Mário
O cabo Douglas Pedrotti Neckel, 24, foi voluntário para a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) por razões humanitárias: queria ajudar o povo haitiano --pessoas que conhecia apenas pelos noticiários, e sabia serem das mais sofridas do continente.


Leia o perfil do cabo Douglas Pedrotti Neckel
Horas antes de morrer no terremoto que atingiu o Haiti, na terça-feira, o subtenente do Exército Raniel Batista de Camargos, de 42 anos, ligou para a filha Giovana, 6, que fazia aniversário naquele dia. Eles conversaram pelo Skype em videoconferência. Também falou com o pai, que mora em Patos de Minas (MG), momentos antes da catástrofe.


Leia perfil do subtenente do Exército Raniel Batista de Camargos
O cabo do Exército Washington Luis de Souza Seraphin, 23, estava no Haiti desde junho do ano passado e tinha o retorno marcado para a próxima sexta-feira (15). No Brasil, ele queria retomar a faculdade e casar com Najara Alves de Abreu, 23, com quem namorava havia sete anos. Os dois já tinham comprado o terreno onde seria construída a casa onde iriam morar.


Leia perfil do cabo Washington Luis de Souza Seraphin
O soldado Antônio José Anacleto, 24, outra vítima brasileira do terremoto que atingiu o Haiti, era solteiro e o mais novo de quatro irmãos. "A gente estava preparando uma grande festa para comemorar a chegada dele. Já estava tudo pronto e toda a família e amigos iriam participar. Agora está todo mundo desolado", contou Sônia Mara Anacleto, 31, irmã do soldado.


Leia perfil do soldado Antônio José Anacleto
Veja os outros militares com mortes confirmadas:
- Leonardo de Castro Carvalho (2º Sargento)
- Emílio Carlos Torres dos Santos (coronel)
- Arí Dirceu Fernandes Júnior (cabo)
- Kleber da Silva Santos (soldado)
- Rodrigo de Souza Lima (3º Sargento)
- Felipe Gonçalves Julio (soldado)
- Rodrigo de Souza Lima (soldado)




Voluntário no Haiti, cabo morto em tremor queria ajudar população

O cabo Douglas Pedrotti Neckel, 24, foi voluntário para a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) por razões humanitárias: queria ajudar o povo haitiano --pessoas que conhecia apenas pelos noticiários, e sabia serem das mais sofridas do continente.

Arquivo pessoal

O cabo Douglas Pedrotti Neckel, 24, que morreu no terremoto de 7 graus que atingiu o Haiti
Quando voltou ao Brasil de férias no semestre passado contou à família ter aprendido muitas lições de vida ao servir no Caribe.
"Ele estava tão empolgado e feliz. Dizia que tinha aprendido a dar mais valor à água, à comida. Também falava que queria proteger aquela gente", disse Ana Paula Pedrotti, prima do militar.
Segundo ela, o cabo havia avisado no final de semana que voltaria para sua casa em Lorena, no interior de São Paulo, em três dias.
Hoje, porém, um grupo de militares do 5º Batalhão de Infantaria Leve foi à casa da família avisar que o rapaz havia morrido soterrado quando guardava uma fortificação em uma favela de Porto Príncipe.
"A família está angustiada porque não temos informações de quando o corpo chegará ao Brasil", disse Ana Paula.


Folha On Line

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