sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

VITÓRIA PARA O ACESSO A MEDICAMENTOS: BAYER PERDE CASO NA ÍNDIA

Publicada em 23/02/2010 00:00
Derrota da empresa farmacêutica na Corte Indiana favorece produção de genéricos no país


A justiça indiana derrubou a última tentativa da empresa farmacêutica Bayer de introdução de novas medidas para prevenir a concorrência com medicamentos genéricos no país. Em decisão contrária à Bayer no dia 9 de fevereiro, a Alta Corte de Délhi se recusou a limitar as medidas da Lei de Patentes indiana que ajudam a assegurar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis para os pacientes.

“Estamos felizes que a ação movida pela Bayer tenha sido negada, especialmente no momento em que vemos na Índia uma série de empresas multinacionais buscarem o canal da litigância para restringir a concorrência com medicamentos genéricos. Ao negar o recurso da Bayer, as cortes indianas asseguraram que salvaguardas da saúde pública possam ser usadas para ampliar a produção de medicamentos genéricos que salvam vidas, incluindo o tratamento de HIV para milhões de pessoas na Índia e em outros países.”, afirmou Dr. Tido von Schoen-Angerer, da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de Médicos Sem Fronteiras

A tentativa da Bayer era de criar uma nova barreira para a concorrência genérica por meio do atraso no processo de aprovação necessário para comercialização de medicamentos genéricos na Índia. A empresa buscava impedir que as autoridades regulatórias da Índia iniciassem o processo de registro da versão genérica de medicamentos patenteados antes da expiração da própria patente. Retardar o registro para o período posterior à expiração da patente impediria a entrada de novos concorrentes a tempo, e estenderia o monopólio do produtor detentor da patente. Isso dificultaria o acesso a medicamentos essenciais – já que a concorrência com genéricos é o único caminho para a redução sustentável dos preços dos medicamentos.

Esta decisão é a última de uma série de movimentos das empresas farmacêuticas e dos governos do norte para desmantelar flexibilidades pró-saúde pública na legislação de patentes da Índia, onde há uma enorme indústria de genéricos que abastece a maior parte dos países em desenvolvimento. Médicos Sem Fronteiras, por exemplo, compra mais de 80% dos medicamentos de Aids usados em seus projetos no país, a preços mais acessíveis.

Quando a Índia entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995, comprometeu-se a implementar legislações mais rígidas de patenteabilidade para medicamentos a partir de 2006. No entanto, o país também previu salvaguardas legítimas de proteção à saúde pública, para assegurar o acesso a medicamentos. São essas salvaguardas que as empresas farmacêuticas estão agora tentando minar.

A consequência de leis de patentes mais rígidas é que novos medicamentos estarão fora do alcance de milhões de pacientes, já que as empresas podem estabelecer preços altos na ausência de concorrência com genéricos. No entanto, os governos podem adotar medidas perfeitamente legais, conhecidas como “flexibilidades do TRIPS” para lidar com os efeitos nocivos para o acesso causado pelo monopólio das empresas. Se a Bayer tivesse sido bem sucedida em sua ação, basicamente tornaria inviável o uso de algumas dessas flexibilidades, como a licença compulsória e a exceção Bolar na Índia.

Este é um dos dois grandes casos atualmente apresentados por empresas farmacêuticas contra autoridades indianas em um esforço de fortalecer a proteção patentária no país. Em outro caso, a Novartis está contestando uma salvaguarda vital de proteção à saúde pública. Ao perder o primeiro caso em 2007, a empresa suíça entrou com recurso na Suprema Corte. MSF continuará acompanhando de perto este caso.



JOGADORES BRASILEIROS SE UNEM A MSF PARA AJUDAR VÍTIMAS DO HAITI

Leilão de camisas autografadas terá verba revertida para os projetos da ONG Médicos Sem Fronteiras no país devastado pelo terremoto

Os jogadores Luis Fabiano, “o Fabuloso”, atual camisa 9 da seleção brasileira, Vagner Love, do Flamengo, Hernanes volante do São Paulo e Willian, meia que joga atualmente na Ucrânia, doaram camisas oficiais para a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) com o objetivo de arrecadar fundos para ajuda às vítimas do terremoto do Haiti. O leilão será realizado no TodaOferta, site de comércio eletrônico do UOL, e começa no dia 25, com duração de três semanas. Faça seu lance!

“Esta é a primeira vez que MSF recebe apoio de atletas brasileiros, aqui no Brasil. Agradecemos imensamente este gesto, que é uma demonstraçao de solidariedade para com o povo haitiano e de confiança em nosso trabalho. É muito reconfortante receber esse tipo de apoio e saber que não estamos sozinhos”. Afirma Simone Rocha, diretora-executiva de Médicos Sem Fronteiras no Brasil.

O dinheiro arrecadado será utilizado para que MSF continue a oferecer assistência médica ao povo haitiano, como tem feito desde as primeiras horas que se seguiram ao tremor. Atualmente, a organização médica-humanitária trabalha em 20 locais na região de Porto Príncipe e cidades próximas. Em janeiro, MSF tratou cerca de 18 mil pessoas e realizou mais de 2 mil cirurgias. A equipe atuante no país hoje conta com 1,8 mil profissionais e mais de 1,4 mil toneladas de equipamentos e itens de socorro já foram enviadas.

A tragédia deixou cerca de 300 mil feridos, o que tornou enorme a necessidade por cirurgias. Apesar de ainda realizar esse tipo de procedimento, MSF está preocupado também em oferecer cuidados pós operatórios, que já são realizados em quatro centros. Um quinto deve ser aberto em breve com espaço para 150 pacientes. Além disso, a ONG também oferece apoio psicológico às vítimas.

O sofrimento do povo haitiano mobilizou o mundo. Diante da devastação muitas pessoas decidiram ajudar. É o caso de Luis Fabiano, o “Fabuloso”, que doou uma camisa autografada do Sevilla, clube onde atua o atacante, para MSF. “A tragédia no Haiti comoveu todo o mundo e ver as imagens de lá todos os dias me motivou a ajudar. Sei que doar a minha camisa foi um gesto pequeno perto do tamanho do problema, mas espero que possa ajudar de alguma forma. Médicos Sem Fronteiras é uma entidade séria, reconhecida internacionalmente, e acredito que o que for arrecadado será usado da melhor maneira possível”, diz o camisa 9 da seleção brasileira.

Revelado pelo Palmeiras, o atacante Vagner Love também doou sua camisa oficial para Médicos Sem Fronteiras. Campeão Brasileiro da Série B (2003) pela equipe paulista, campeão da Copa da UEFA 2004/2005 pelo CSKA da Rússia e bicampeão da Copa América (2004 e 2007) pela Seleção Brasileira de Futebol, entre outros títulos, ele também ficou extremamente sensibilizado pela tragédia e decidiu ajudar arrecadar fundos para as vítimas do terremoto do Haiti. “Acho muito importante ajudar a quem precisa, ainda mais se tratando de uma tragédia como essa. Fico feliz por poder contribuir, de alguma maneira, com as vítimas do terremoto no Hait,”diz.

O volante Hernanes, que já defendeu a seleção, também decidiu vestir a camisa da solidariedade: “Não gosto de ver as pessoas sofrendo e fiquei inconformado com a situação do Haiti. Quero ajudar a tentar aliviar o sofrimento das pessoas e por isso pensei em ajudar de alguma forma. Espero que o dinheiro arrecadado ajude a Médicos Sem Fronteiras nessa importante empreitada”, diz o jogador, que autografou e doou para MSF uma camisa oficial do São Paulo Futebol Clube, utilizada na goleada do tricolor por 3 a 0 sobre o Paulista de Jundiaí, no último dia 28 de janeiro, pelo Campeonato Paulista.

Quem também participa do leilão solidário é o meia Willian, que foi revelado pelo Corinthians e hoje joga no time ucraniano Shakhtar Donetsk. Ele doou uma camisa do clube para que a venda ajude MSF a continuar o trabalho junto às vitimas do Haiti:

“Acompanhei pelo noticiário toda a situação do Haiti e fiquei muito triste. Resolvi ajudar de alguma forma, pois num momento como esse a solidariedade é fundamental. Espero que o dinheiro da camisa ajude a Médicos Sem Fronteiras a salvar vidas no Haiti”

Cada camisa oficial será leiloada separadamente e todo o dinheiro arrecadado será revertido para os projetos de MSF no Haiti. Os leilões serão feitos com o apoio do TodaOferta (www.todaoferta.com.br), site de comércio eletrônico do UOL, que não cobra comissão sobre as vendas e inserção de anúncios e ainda permite a comunicação entre os usuários, facilitando as negociações entre vendedores e compradores.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mary J. Blige, U2 - One

JOSÉ MARTÍ - O MAIS UNIVERSAL DOS CUBANOS

Martí teve a genialidade de superar as concepções revolucionárias existentes no seu país e ser, ao mesmo tempo, o mais universal dos cubanos.

Foi preso aos 16 anos, libertado pouco depois e morto aos 42 anos em “Dos Rios” quando regressava para construir uma nova pátria.

José Julian Martí y Pérez nasceu em Havana, na rua De Paula, nº 41, atual rua Leonor Pérez, nº 314, (hoje museu), de pais espanhóis. Don Mariano Martí y Navarro, primeiro sargento do Real Corpo de Artilharia, era natural de Valencia, e Leonor Peres Cabrera, de Santa Cruz de Tenerife, Ilhas Canárias.

Em sua formação na infância teve grande influência o professor e patriota Rafael María de Mendive – na escola San Pablo – que se comprometeu, desde 1866, a custear seus estudos de bacharelado. Porém seu mentor foi preso em 1869.

Suas idéias políticas aparecem publicamente pela primeira vez em janeiro de 1869, nos jornais clandestinos “El Diablo Cojuelo” e “La Pátria Libre” – poema Abdala – poucos meses depois do insurgimento de Carlos Manuel de Céspedes, em “La Demajagua”, em 10 de outubro de 1868.

Ainda muito jovem, Martí foi preso em 21 de outubro de 1869, condenado a seis anos de prisão política. Após um ano de prisão, desenvolveu trabalhos forçados, próximo ao atual Malecón.

Após breve estadia em “El Abra, na “Isla de Piños”, é deportado para a Espanha. Por duas vezes é operado das seqüelas do cárcere no seu corpo (1872), porém, mais difícil, é curar as dores da alma. Dedicará a sua vida, com a ação e a palavra, para que a Pátria também se cure.

Na Espanha não guarda nem alimenta ódios, apenas defende a independência e a justiça. Deixa amigos e se dedica aos estudos, licenciando-se em Direito Civil e Canônico além de filosofia e letras, formando-se com louvor em Zaragoza, em 1874. lá contou com o apoio e solidariedade do companheiro de juventude Fermin Valdés Dominguez, junto a quem fora julgado, acusados ambos por assinar uma carta em que classificavam como apóstata a um condiscípulo por alistar-se no oficialato espanhol, onde Martí reclamou para si a autoria.

Seu amigo foi condenado apenas a seis meses de prisão. Depois de visitar várias cidades eusopéias começa sua etapa americana ao chegar a Veracruz, México, em 8 de fevereiro de 1875. Conhece o mexicano Manuel Mercado – fiel amigo até o último dia – e se reúne com seus pais e irmãos.

Desde sua saída de Cuba, deportado para a Espanha, pode-se assinalar três etapas na sua vida: de 1871 a 1884 – formação intelectual básica; 1884 a 1889 – amadurecimento intelectual e político; e, 1890 a 1895 – total consagração à pátria.

Em 22 de novembro de 1878 nasce seu filho, José Francisco, o adorado Ismaelillo, fruto de seu casamento no México em 20 de dezembro de 1877, coma cubana Carmen Zayas Bazán.

Em 17 de Setembro é detido pela conspiração para a “Guerra Chiquita” e afirma para as autoridades que “Martí pertence a uma raça que não se vende” quando lhe exigem uma manifestação favorável à Metrópole. Regressará, finalmente, em 11 de abril de 1895, e cairá em combate poucas semanas depois, em 19 de maio, quando seus compatriotas, a quem devolveu a confiança, lutam novamente por uma Cuba Livre! Em seus últimos anos de vida trabalhou arduamente para impedir que os Estados Unidos – aonde viveu muitos anos – estendessem seu território para além do Rio Bravo, como haviam feito com o México, conforme revelou em sua carta inconclusa a seu amigo mexicano Manuel Mercado, escrita na véspera da sua morte.

Conheceu, amou e defendeu ao que chamou de Nossa América. Cronista de sua época, do passado e do futuro, jamais deixou de servir ao seu povo, e no último período de sua vida teve apenas um objetivo: a libertação de Cuba. Organizou o novo movimento independentista através do Partido Revolucionário Cubano (PRC), de base democrática onde unificou todas as forças populares com um só objetivo – a independência – e previu uma república diferente das experiências que conheceu em outras nações americanas.

Em 14 de março surge o primeiro número do periódico “Pátria”, dedicado à grande causa da independência, e em 10 de abril deste ano é fundado o PRC, onde Martí é eleito como delegado.

Depois dos iniciadores, Martí é e segue sendo o forjador mais completo da nação e nacionalidade cubanas.

Alguns pensamentos de José Marti

Cultura

"Conocer diversas literaturas es el medio mejor de libertarse de la tiranía de alguna de ellas".

"Siempre fue el amor al adorno dote de los hijos de América, y por ella lucen, y por ella pecan el carácter movible, la política prematura y la literatura hojosa de los países americaos".

"Ser culto es el único modo de ser libre".

"La poesía, que congrega o disgrega, que fortifica o angustia, que apuntala o derriba las armas, que da o quita a los hombres la fe y el aliento, es más necesaria a los pueblos que la industria misma, pues esta les proporciona el mode de subsistir, mientras que aquella les da el deseo y las fuerzas de la vida".

"¿Ni de qué vive el artista sino de los sientimentos de la Patria?".

Educación

"Saber leer es saber andar. Saber escribir es saber ascender".

"Los niños saben más de lo que parecen, y si les dijeran que escribiesen lo que saben, muy buenas cosas que escribirían".

"Todo hombre ha de aprender ha trabajar en el campo, a hacer las cosas con sus propias manos, y a defenderse".

"Los niños debían echarse a llorar, cuando ha pasado el día sin que aprendan algo nuevo, sin que sirvan de algo".


Ética

"La dignidad es como la esponja: se la oprime pero conserva siempre su fuerza de tensión. La dignidad nunca se muere".

"Ser bueno es el único modo de ser dichoso".

"Un hombre que oculta lo que piensa, o no se atreve a decir lo que piensa, no es un hombre honrado".

"Hay hombres que viven contentos aunque vivan sin decoro. Hay otros que padecen como en agonía cuando ven que los hombres viven sin decoro a su alrededor. En el mundo ha de haber cierta cantidad de decoro, como ha de haber cierta cantidad de luz. Cuando hay muchos hombres sin decoro, hay siempre otros que tienen en sí el decoro de muchos hombres".

"las palabras deshonran cuando no llevan detrá un corazón limpio y entero. Las palabras están demás, cuando no fundan, cuando no esclarecen, cuando no atraen, cuando no añaden".

"La palabra no es para encubrir la verdad, sino para decirla".

"Las palabras no valen sino en cuanto representan una idea".

Política

"No es rico el publo donde hay algunos hombres ricos, sino aquel donde cada uno tiene un poco de riqueza. En economía, política y en buen gobierno, distribuir es hacer venturosos".

"Adivinar es un deber de los que pretenden dirigir. Para ir delante de los demás se necesita ver más que ellos".

"El Derecho asegura a los pueblos y refrena a los hombres".

"Mientras la justicia no esté conseguida, se pelea".




"La miseria no es una desgracia personal: es un delito público. ¿ Será ley para el hombre en la naturaleza lo que no lo es para los animales?".

"Mejor sirve a la Patria, quién le dice la verdad y le educa el gusto que el que exagera el mérito de sus hombres famoso. Ni se a de adorar ídolos, ni de descabezar estatuas".

"Los peligros no se han de ver cuando se les tiene encima, sino cuando se los puede evitar. Lo primero en política, es aclarar y prever".

"¡ Sólo perdura, y es para bien, la riqueza que se crea, y la libertad que conquista, con las propias manos!".

"¡ Los árboles se han de poner en fila, para que no pase el gigante de las siete leguas!. Es la hora del recuento, y de la marcha unida, y hemos de andar en cuadro apretado, como la plata en las raíces de los Andes".

"El pueblo que quiera ser libre, sea libre en negocios. Distribuya sus negocios entre países igualmente fuertes. Si ha de preferir a alguno, prefiera al que lo necesite menos, al que lo desdeñe menos".

"De la justicia no tienen nada que temer los pueblos, sino los que se resisten a ejercitarla".

MOBILIZAÇÃO CONTINENTAL CONTRA AS BASES MILITARES ESTRANGEIRAS

Mobilização Continental Contra as Bases Militares Estrangeiras

No último dia do décimo FSM os movimentos populares que integram a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), centrais sindicais e outras organizações lançaram a campanha de Mobilização Continental Contra as Bases Militares Estrangeiras. Uma agenda de mobilizações está sendo montada e este será um ano de muita atividade na luta contra essa vergonhosa violação que o imperialismo perpetra sobre as soberanias nacionais em nosso continente.

Como bem resumiu Eduardo Galeano em recente entrevista, “A presença norteamericana em bases militares da Colômbia não só ofende a dignidade da América Latina, mas também a inteligência (...). A independência é uma tarefa pendente para quase toda a América Latina."

Para mais informações, contacte Cebrapaz ou ACJM-RS.

Para conhecer este assunto mais a fundo, leia os artigos a seguir (em ordem cronológica), ou pelo menos os marcados com asterisco:


* Resultado da 3a pergunta no Plebiscito da ALCA, para quem esqueceu... (17/09/2002);


* Conferencia Internacional por la Abolición de las Bases Militares Extranjeras (Quito-Manta-Ecuador. 5-9 de marzo 2007);


* Bases militares de Estados Unidos en el mundo - José F.Gallardo Rodríguez (um militar mexicano conta tudo sobre esse assunto! -19/11/2008); *


* Las bases yankis y la soberanía latinoamericana - Fidel Castro (10/08/2009);


* La disputa por los bienes comunes - Raúl Zibecchi (18/08/2009); *


* A avaliação da UNASUR em Bariloche - Juan M Bueno Soria (28/08/2009);


* Curso rápido de inteligencia sobre las bases norteamericanas en Colombia - Francisco Natera (03/09/2009);


* Las bases militares de EEUU en Colombia - Roosevelt Barboza (04/09/2009);


* O cerco à Venezuela - Manuel Alexis Rodriguez (19/9/2009);


* Una guerra no declarada en América Latina - Eva Golinger (02/12/2009);


* Início da campanha: carta a Uribe (10/12/2009);


* EUA já têm 13 bases militares em torno da Venezuela - Ignacio Ramonet (11/01/2010); *


* Detengamos la escalada agresiva imperialista contra América Latina y el Caribe - Red de Redes en Defensa de la Humanidad (19/01/2010). *

* Vídeo 1: "No a las bases gringas" (em 3 partes)

* Vídeo 2: “Corriendo Bases”

Outras fontes de pesquisa:

* A bases, contabilizadas por eles mesmos... em Global Security & em Military Zone;

* Militarización made in USA - portal Visiones Alternativas;

* No Bases - Red Mundial por la Abolición de las Bases Militares Extranjeras;

* No Bases - International Network for the Abolition of Foreign Militairy Bases;

* 737 U.S. Military Bases = Global Empire.

BALDERRAMA - Mercedes Sosa

PROJETO DE LEI FICHA LIMPA

Caros amigos,

Uma proposta de lei que pode limpar a política brasileira banindo candidatos corruptos das eleições está circulando no congresso. Para passar essa lei precisamos que milhares de pessoas enviem mensagens aos seus líderes políticos. Clique abaixo para participar:




Imagine um governo sem corrupção. Onde políticos que desviassem verbas públicas, que tivessem envolvimento com o tráfico de drogas ou crimes severos fossem banidos das eleições.

A campanha nacional pelo “Projeto de Lei Ficha Limpa” está demandando justamente isto, porém não será fácil passar esta lei sem uma oposição forte de políticos corruptos.

Estamos em ano de eleição e os políticos se preocupam com a sua imagem pública, então vamos enviar milhares de mensagens para os líderes de todos os partidos pressionando-os a apoiarem o “Projeto de Lei Ficha Limpa". Este ano o que eles menos querem é publicidade negativa, então vamos mostrar que estamos prestando atenção em suas ações e que nossos votos dependem disso - só com pressão popular eles irão passar a lei a tempo.

Clique abaixo para enviar uma mensagem pelo nosso site, e depois encaminhe este alerta para todos os seus amigos:

http://www.avaaz.org/po/brasil_sem_corrupcao/?vl

O Brasil inteiro quer esta reforma – os nossos parceiros do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral conseguiram coletar 1,5 milhões assinaturas para esta lei visando proibir a candidatura de pessoas que cometeram crimes graves, como assassinato, estupro, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. No momento, um grupo de trabalho está revendo a lei antes de enviá-la para votação e não temos tempo a perder, ela precisa ser votada nas próximas semanas para que seja válida nas eleições de outubro.

Não é uma batalha fácil - a corrupção está entranhada em nosso sistema político, e existem diversos interesses poderosos contra esta lei. No entanto, em ano eleitoral onde o que eles mais querem é atenção, só a pressão pública pode influenciar os nossos deputados a votarem certo. Uma enxurrada de mensagens irá mostrar aos deputados que eles têm mais a perder não aprovando essa lei do que votando a favor.

Caso passe, esta lei vai revolucionar a política brasileira, retirando do governo todas as figuras carimbadas que só querem encher os bolsos de dinheiro. Tentados em desviar verbas públicas, com esta lei, os políticos irão pensar duas vezes se vale a pena arriscar a sua carreira política.

Nós já aguentamos o suficiente - não queremos mais bandidos nas eleições! Vamos lutar por um Brasil melhor - mande esse alerta para todos que você conhece:

http://www.avaaz.org/po/brasil_sem_corrupcao/?vl

Com esperança, Alice, Paul, Graziela, Ricken, Luis, Iain, Pascal, Milena, Ben, Paula, Benjamin e toda a equipe Avaaz

Fontes:

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral:

http://www.mcce.org.br/

Grupo de trabalho analisará projeto 'ficha limpa' – O Globo:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/02/09/grupo-de-trabalho-analisara-projeto-ficha-limpa-915821446.asp

Ficha limpa no Congresso – Correio do Povo:

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=966560&tit=Ficha-limpa-no-Congresso

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral consegue assinaturas necessárias para levar Projeto Ficha limpa ao Congresso – Correio Brasiliense:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/09/17/politica,i=142687/MOVIMENTO+DE+COMBATE+A+CORRUPCAO+ELEITORAL+CONSEGUE+ASSINATURAS+NECESSARIAS+PARA+LEVAR+PROJETO+FICHA+LIMPA+AO+CONGRESSO.shtml




SOBRE A AVAAZ

Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 8229


Você está recebendo esta mensagem porque você assinou "Copenhague acabou, a campanha continua" no 2009-12-16 usando o email

duarte.betinho@gmail.com.

Para garantir que os nossoas alertas cheguem na sua caixa de entrada, porfavor adicione avaaz@avaaz.org na sua lista de endereços.


LLAMADA TELEFÓNICA DE UNA VÍCTIMA DE DESAPARICIÓN FORZADA

Más información sobre AU: 09/10 Índice: AMR 41/013/2010 Fecha de emisión: 12 de febrero de 2010

LLAMADA TELEFÓNICA DE UNA VÍCTIMA DE DESAPARICIÓN FORZADA

Una de las tres personas detenidas ilegalmente por el ejército el 29 de diciembre pudo hacer una llamada telefónica el 4 de febrero. Ninguna de las tres ha mantenido ningún otro contacto con el mundo exterior, y se cree que las tres han sido objeto de desaparición forzada.

Nitza Paola Alvarado Espinoza consiguió telefonear a un amigo el 4 de febrero. Lloraba y decía: "por favor, ayúdenme, sáquenme de aquí, tengo miedo". En ese momento, el amigo oyó la voz de dos hombres, uno de los cuales decía: "¡pinche vieja culera ya habló, te dije que no la dejaras sola!", y la comunicación se cortó.
A Nitza Paola Alvarado se la vio por última vez el 29 de diciembre, junto con sus familiares José Ángel Alvarado Herrera y Rocío Irene Alvarado Reyes, cuando los detenían 10 soldados que no mostraron orden judicial alguna ni dieron ninguna explicación. Los tres, a quienes no se ha vuelto a ver desde entonces, son del municipio de Buenaventura, estado de Chihuahua.
Dos días después de la llamada telefónica, un grupo de soldados en un jeep Humvee blindado llegaron a la casa de la madre de José Ángel Alvarado y le hicieron una serie de preguntas personales sobre ella misma y sobre los tres detenidos. No dijeron por qué hacían esas preguntas, y a un vecino que les vio entrar en la casa le dijeron que, si contaba a alguien que habían estado allí, pagaría las consecuencias.
Las autoridades militares han negado estar implicadas en la detención de los tres, y no han explicado por qué el ejército se incautó del automóvil de José Ángel Alvarado unos días después y lo entregó a la procuraduría local.

ESCRIBAN INMEDIATAMENTE, en español o en su propio idioma:
- expresando preocupación porque José Ángel Alvarado Herrera, Nitza Paola Alvarado Espinoza y Rocío Irene Alvarado Reyes parecen haber sido objeto de desaparición forzada a manos del ejército;
- pidiendo a las autoridades que tomen medidas inmediatas para averiguar qué les sucedió a los tres;
- instándolas a que los acusen formalmente de un delito reconocible o los pongan en libertad;
- instándolas a proteger a los tres frente a la tortura u otros malos tratos;
- instándolas a proteger a las familias de los tres frente a la intimidación y las represalias;
- pidiéndoles que ordenen una investigación civil imparcial sobre esta detención arbitraria.

ENVÍEN LLAMAMIENTOS ANTES DEL 26 DE MARZO DE 2010 A:

Lic. Arturo Chávez Chávez
Procuraduría General de la República
Av. Paseo de la Reforma nº 211-213,
Col. Cuauhtémoc, Del. Cuauhtémoc
México D.F., C.P. 06500, MÉXICO
Fax: +52 55 5346 0908
Correo-e.: ofproc@pgr.gob.mx
Tratamiento: Señor Procurador General

Gral. Guillermo Galván Galván
Secretaría de la Defensa Nacional
Blvd. Manuel Ávila Camacho s/n, esq. Av. Industria Militar, Col. Lomas de Sotelo, Del. Miguel Hidalgo, México D.F., C.P. 11640, MÉXICO
Fax: +52 55 53952935
Tratamiento: Señor Secretario


Lic. José Reyes Baeza Terrazas
Gobernador del Estado de Chihuahua, Palacio de Gobierno, 1er piso, C. Aldama #901, Col. Centro,
Chihuahua, Estado de Chihuahua, C.P. 31000, México
Fax: +52 614 429 3300 (cuando se lo pidan, marquen la extensión 11066)
Tratamiento: Sr. Gobernador

Envíen también copia a: Centro de Derechos Humanos de las Mujeres, Av. Juárez no. 4107/B, Chihuahua, Chih., México, Correo-e.: cedehm@prodigy.net.mx, y a la representación diplomática de México acreditada en su país. Consulten con la oficina de su Sección si van a enviar los llamamientos después de la fecha antes indicada. Esta es la primera actualización de AU 09/10. Más información: http://www.amnesty.org/es/library/info/AMR41/006/2010


INFORMACIÓN ADICIONAL
Desde 2007 ha aumentado vertiginosamente en México la violencia vinculada al crimen organizado: los medios de comunicación han informado de más de 6.500 homicidios relacionados con los cárteles de la droga en 2009, la mayoría perpetrados en el estado de Chihuahua. El gobierno del presidente Calderón ha desplegado 50.000 militares para combatir la delincuencia organizada en las zonas más afectadas, especialmente en Ciudad Juárez. Como consecuencia, han aumentado los informes sobre violaciones de derechos humanos -como desapariciones forzadas, homicidios ilegítimos y tortura- a manos de militares que llevaban a cabo operaciones policiales. En noviembre de 2009, Amnistía Internacional publicó el informe México: Nuevos informes de violaciones de derechos humanos a manos del ejército, AMR 41/058/2009, en el que documentaba casos de desaparición forzada en Ciudad Juárez en los que el ejército sigue negando su implicación pese a que existen pruebas convincentes de lo contrario. Estos casos habitualmente son investigados y juzgados por el sistema de justicia militar, lo que no garantiza una investigación imparcial e independiente y genera impunidad para la inmensa mayoría de los perpetradores. Como consecuencia, las víctimas y sus familiares se ven privados de un recurso efectivo a la justicia, y los miembros del ejército son conscientes de que es sumamente improbable que los obliguen a rendir cuentas.

Más información sobre AU: 09/10 Índice: AMR 41/013/2010 Fecha de emisión: 12 de febrero de 2010



Si recibe contestación de una autoridad, envíenos el original o una copia, por favor, lo antes posible (ref.: "Equipo AAUU - Respuesta"). Sólo es necesario que indique en el reverso de la misma el número que tiene la Acción Urgente a la que le han contestado (por ejemplo "AU 25/99" o bien "EXTRA 84/99"). No es necesario que nos envíe copia de su propia carta. Si no desea que le enviemos un acuse de recibo, indíquenoslo también en el dorso con las palabras "No acuse". Gracias por su colaboración.

Equipo de Acciones Urgentes de Amnistía Internacional
Secretariado Estatal
Fernando VI, 8, 1º izda.
28004 Madrid
Telf. + 91 310 12 77
Fax + 91 319 53 34
aauu@es.amnesty.org
http://www.es.amnesty.org

RIESGO DE DESPRENDIMIENTOS DE ROCAS PARA 200 FAMILIAS EN EL CAIRO, EGIPTO

AU: 35/10 Índice: MDE 12/008/2010 Egipto Fecha: 16 de febrero de 2010

ACCIÓN URGENTE:
RIESGO DE DESPRENDIMIENTOS DE ROCAS PARA 200 FAMILIAS EN EL CAIRO, EGIPTO

200 familias de Manshiyet Nasser, asentamiento informal del este de El Cairo, Egipto, podrían sufrir en cualquier momento lesiones graves o morir debido al alto riesgo de desprendimiento de rocas existente allí. Hasta ahora las autoridades no las han realojado.

Zamzam Mohamed Abdel Nabi, de 35 años; su esposo, Mohamed Hassan, de 40, panadero, y sus dos hijos, Alaa y Husssein, son una de las alrededor de 200 familias de Manshiyet Nasser en situación de riesgo. Viven en pisos de alquiler en edificios de cinco plantas situados al final de la calle de Al Me’adessa, junto al promontorio rocoso de Al Muqattam. Sus viviendas se han construido al pie de éste, por lo que el riesgo de que caigan rocas sobre ellas es muy grande.

En 2009, expertos en geología contratados por la gobernación de El Cairo determinaron varias veces que esta parte de la calle de Al Me’adessa corría un peligro inminente. Sin embargo, no se ha evacuado a las familias a un lugar seguro, por lo que viven temiendo constantemente por su salud y su vida. No se les ha ofrecido alojamiento temporal ni otra vivienda. Ellas dicen que no tienen medios para mudarse a otro lugar, dado sus bajos ingresos y su dependencia de la economía informal existente en la zona y en el cercano casco antiguo de El Cairo. Trabajadores contratados por las autoridades han intentado estabilizar el promontorio, rompiendo algunas rocas, pero al hacerlo han caído piedras sobre las viviendas y, según informes, se han abierto grietas en las paredes de edificios vecinos. El 2 de enero de 2010, las familias presentaron una queja en la comisaría de policía de Manshiyet Nasser por el peligro que corrían. A lo largo de enero se quejaron también ante la gobernación de El Cairo y el Parlamento egipcio y organizaron varias sentadas para pedir su realojo en un lugar seguro, pero todo fue en vano.

El 11 de febrero de 2010, Amnistía Internacional presenció el desalojo forzoso de familias que vivían en la misma calle al ser demolidos tres edificios. Estos desalojos no respetaron las normas internacionales de derechos humanos sobre desalojos. Se desplegaron en la zona fuerzas de seguridad y se desalojó a las familias en el acto, sin haberlas avisado previamente. No se les había informado de la fecha del desalojo, y tuvieron que sacar de allí sus posesiones de inmediato. Tampoco se les consultó antes ni después del desalojo. Ese mismo día fueron realojadas en pisos de las viviendas de Suzanne Mubarak, en la zona mejorada de Al Duwayqa, en Manshiyet Nasser. No se les proporcionó ninguna documentación que les garantizara alguna seguridad de tenencia ni garantías de que no serán desalojadas de nuevo por la fuerza en el futuro. Según los habitantes de la zona, durante el desalojo a algunas familias no se les proporcionó otra vivienda. Asimismo, han explicado que algunas familias expresaron su preocupación por si la demolición de esos edificios podía afectar a la seguridad estructural de los restantes. Un hombre protestó, pero la policía lo amenazó, diciéndole que si no se callaba se iba a dictar una orden de detención contra él en aplicación de la legislación del estado de excepción.

ESCRIBAN INMEDIATAMENTE en árabe, en inglés o en su propio idioma:

Instando a la Gobernación de El Cairo a que proceda de inmediato a evacuar a las 200 familias de la calle de Al Me’adessa de la parte peligrosa de ésta y a realojarlas en otro lugar para garantizar su seguridad y a que organice consultas verdaderas con los habitantes de la zona para determinar lugares adecuados de realojo y garantizar que toda otra vivienda que se proporcione es adecuada.
Recordando a las autoridades su deber de proteger la vida y la salud de los habitantes de la calle de Al Me’adessa y su derecho a una vivienda adecuada, de ofrecerles información suficiente sobre el peligro que corren y las medidas adoptadas para asegurar las rocas de la zona y de consultar con ellos de manera adecuada para buscar soluciones apropiadas a su difícil situación.
Señalando que se debe iniciar con carácter prioritario un proceso efectivo de consulta con los habitantes de todas las zonas consideradas "no seguras" de Manshiyet Nasser y aplicar con prontitud las medidas necesarias para salvaguardar su vida y su seguridad, respetando las garantías contra el desalojo forzoso.

ENVÍEN LOS LLAMAMIENTOS ANTES DEL 30 DE MARZO DE 2010 A:

Gobernador de El Cairo
Governor of Cairo
Dr. Abdel-Azim Morsi Wazir
7 Abdin square, Al Gomhoriya Street
Cairo, Egipto
Fax: +20223904620
Correo-e:


Cairogov@Cairo.gov.eg

Tratamiento: Dear Governor / Señor Gobernador

Director del Fondo para la Urbanización de los Asentamientos Informales
Informal Settlement Development Fund Director
Ali El-Faramawy
2 Latin America Street, Garden City
Cairo, Egipto
Fax: +20222634000
Tratamiento: Dear Mr. Ali El-Farawamy / Señor Ali El-Farawamy

Envíen también copias a la representación diplomática de Egipto acreditada en su país.

EMBAJADA DE LA REPUBLICA ARABE DE EGIPTO
C/ Velázquez, 69 28006 - MADRID
Teléfono: 91 577 63 08 // 09 .-. Fax: 91 578 17 32
Telex: 42389-TALA-E

Consulten con la oficina de su Sección si van a enviar los llamamientos después de la fecha anteriormente indicada.

INFORMACIÓN COMPLEMENTARIA

Desde 1997, los estudios geológicos realizados por organismos oficiales han determinado que la calle de Al Me’adessa es una zona peligrosa de Manshiyet Nasser. El 27 de diciembre de 2009, un comité de enumeración de la administración municipal de Manshiyet Nasser hizo un recuento de las familias residentes allí, procedimiento que suele realizarse para asignar otras viviendas a las personas desalojadas de las suyas. Sin embargo, las autoridades no consultaron con los habitantes de la zona sobre condiciones de realojo ni sobre su evacuación. Al día siguiente, unos obreros contratados por las autoridades locales comenzaron a estabilizar el promontorio rompiendo algunas rocas. La policía dijo a los habitantes que abandonaran la zona durante unos días o que firmaran unos documentos en los que se comprometían a evacuar los edificios, aparentemente para eximir de responsabilidad a las autoridades si caían rocas sobre ellos. Ellos se negaron a marcharse, pues no tenían dónde ir, pero los trabajos iniciados para intentar asegurar el promontorio continuaron y, según informes, causaron daños en algunas viviendas y otros edificios. El 2 de enero de 2010, las familias afectadas formalmente una queja en la comisaría de policía de Manshiyet Nasser por la amenaza constante de desprendimiento de rocas. La policía remitió el asunto a la administración municipal de Manshiyet Nasser, que envió ingenieros para evaluar el peligro para los edificios y decidir si debían hacerse reparaciones o demoler los edificios realojar a sus habitantes, conforme a la Ley de Edificación de 2008. Los ingenieros no tomaron ninguna decisión por razones que se desconocen. Las familias se quejaron entonces ante la Gobernación de El Cairo y el Parlamento egipcio y organizaron sentadas para pedir su realojo en un lugar seguro, pero todo fue en vano. Hubo un desprendimiento de rocas el 4 de febrero de 2010 o hacia esa fecha; afortunadamente no causó daños graves, pero sirvió para recordar una vez más el peligro que corren los habitantes de la zona.

Debido a la grave falta de viviendas asequibles, en Egipto millones de personas (alrededor de 12 en todo el país, según fuentes oficiales) tienen que vivir en asentamientos informales. Más de la mitad de ellas están en El Gran Cairo, donde 26 asentamientos informales han sido calificados oficialmente como "inseguros" por las autoridades egipcias debido a su ubicación en zonas rocosas o a otros factores. Uno de éstos es Manshiyet Nasser. Esta calificación como zonas "inseguras" se ha hecho en el contexto de un plan urbanístico de El Gran Cairo que deberá estar terminado para 2050 y según el cual todo Manshiyet Nasser se transformará en zonas ajardinadas y destinadas al alojamiento turístico.

En septiembre de 2008, un desprendimiento de tierras en la zona de Al Duwayqa de Manshiyet Nasser mató al menos a 119 personas e hirió a 55, según la investigación de la Fiscalía. Con ayuda de geólogos, las autoridades identificaron 14 zonas inseguras dentro del asentamiento informal de Manshiyet Nasser, donde viven alrededor de un millón de personas. Tras el desprendimiento de 2008 se han sucedido los desalojos. No se respetan las garantías contra el desalojo forzado. Las autoridades no mantienen conversaciones ni consultas con los habitantes de las zonas afectadas, ni siguiera cuando se identifican como zonas inseguras mucho antes de su desalojo, y no les notifican la fecha de éste con antelación. Muchas personas denuncian que continúan viviendo en peligro y no se les consulta sobre cómo encontrar una solución ni en su realojo. La demolición de casas en sus barrios pone aún más en peligro las suyas. Los habitantes de la zona temen que las autoridades derriben sus hogares y los trasladen, sin consultar con ellos, a Al Nahda, nueva zona urbana situada unos 30 kilómetros al noreste de El Cairo y lejos de sus medios de vida y sus redes sociales. Hasta ahora, las personas desalojadas de Manshiyet Nasser han sido realojadas en las cercanas viviendas de Suzanne Mubarak, pero ya no hay casi espacio allí: según la gobernación de El Cairo, al final de 2009 habían sido realojadas allí alrededor de 4.000 familias. Algunas de las familias desalojadas se han quedado sin hogar. A las que se ha proporcionado alojamiento no se les ha garantizado la seguridad de tenencia en su nuevo lugar de residencia.
El 29 de diciembre de 2009 se dictó acta de procesamiento contra un vicegobernador de El Cairo y siete funcionarios más de la administración municipal de Manshiyet Nasser por homicidio y lesiones involuntarios en relación con el desprendimiento de tierras de Al Duwayqa de septiembre de 2008. La próxima sesión de su juicio, ante el Tribunal de Delitos Menores de Manshiyet, comenzará el 10 de marzo de 2010.



Si recibe contestación de una autoridad, envíenos el original o una copia, por favor, lo antes posible (ref.: "Equipo AAUU - Respuesta"). Sólo es necesario que indique en el reverso de la misma el número que tiene la Acción Urgente a la que le han contestado (por ejemplo "AU 25/99" o bien "EXTRA 84/99"). No es necesario que nos envíe copia de su propia carta. Si no desea que le enviemos un acuse de recibo, indíquenoslo también en el dorso con las palabras "No acuse". Gracias por su colaboración.

Equipo de Acciones Urgentes de Amnistía Internacional
Secretariado Estatal
Fernando VI, 8, 1º izda.
28004 Madrid
Telf. + 91 310 12 77
Fax + 91 319 53 34


aauu@es.amnesty.org

http://www.es.amnesty.org/



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

JOSE MARTI

www.josemarti.com.br

Agência de Notícias Nova Colômbia

APAC- associação de Pais e Apoiadores dos estudantes brasileiros em Cuba

APN-agência Petroleira de Notícias

Asociação Cultural Jose Marti de Minas Gerais

Blog dos Brigadistas Brasileiros- XV Brigada Sudamerica Solidaridad con Cuba


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

EXAMES - CLÍNICA IVO PITANGUY







SOMATERAPIA COM ROBERTO FREIRE - 1980


LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL - CONSTRUÇÃO DO PARQUE HEBERT DE SOUZA - BETINHO NA FAFICH

DIA 19 de FEVEREIRO de 2000














LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL - CONSTRUÇÃO DO PARQUE HERBERT DE SOUZA - BETINHO NA FAFICH 2

DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2000



























AQUI NÃO É O EXÉRCITO , NEM A MARINHA E NEM A AERONÁUTICA, AQUI É O INFERNO.
(...) expressão de um torturador ouvida pelo preso político em 1974 José Elpidio Cavalcante ( BNM - pag. 240 )

APRESENTAÇÃO

O texto abaixo serviu como base para a minha participação como palestrante, na audiência pública convocada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, realizada no dia 01 de outubro de 2009.
Meus argumentos foram baseados nas seguintes publicações:
1 - BRASIL NUNCA MAIS - um relato para a História - Editora Vozes

2- REVISTA ANISTIA - Política e Justiça de Transição - editada pelo Ministério da Justiça lançada em 28 de agosto de 2009

3 - O capitão Lamarca e a VPR - Repressão Judicial no Brasil - Wilma Antunes Maciel

4 - Carta Capital - Crime contra a Humanidade - Manifesto de juristas defende processo contra torturadores

BETINHO DUARTE
PRESIDENTE DO COMITÊ BRASILEIRO PELA ANISTIA / MG

1 - O QUE É TORTURA


A tortura foi definida pela Associação Médica Mundial, em assembléia realizada em Tóquio, a 10 de outubro de 1975, como: "a imposição deliberada, sistemática e desconsiderada de sofrimento físico ou mental por parte de uma ou mais pessoas, atuando por própria conta ou seguindo ordens de qualquer tipo de poder, com o fim de forçar uma pessoa a dar informações, confessar, ou por outra razão qualquer".
O psicanalista Hélio Pellegrino observa que "a tortura busca, à custa do sofrimento corporal insuportável, introduzir uma cunha que leve à cisão entre o corpo e a mente. E , mais do que isto: ela procura, a todo preço, semear a discórdia e a guerra entre o corpo e a mente. Através da tortura, o corpo torna-se nosso inimigo e nos persegue. É este o modelo básico no qual se apóia a ação de qualquer torturador. (...). Na tortura, o corpo volta-se contra nós exigindo que falemos. Da mais íntima espessura de nossa própria carne, se levanta uma voz que nos nega, na medida em que pretende arrancar de nós um discurso do qual temos horror, já que é a negação de nossa liberdade. O problema da alienação alcança, aqui, o seu ponto crucial. A tortura nos impõe a alienação total de nosso próprio corpo, tornando-o estrangeiro a nós, e nosso inimigo de morte. (...) O projeto da tortura implica numa negação total - e totalitária - da pessoa, enquanto ser encarnado. O centro da pessoa humana é a liberdade. Esta, por sua vez , é a invenção que o sujeito faz de si mesmo, através da palavra que o exprime. Na tortura, o discurso que o torturador busca extrair do torturado é a negação absoluta e radical de sua condição de sujeito livre. A tortura visa ao avesso da liberdade. Nesta medida, o discurso que ela busca, através da intimidação e da violência, é a palavra aviltada de um sujeito que, nas mãos do torturador, se transforma em objeto".
Leonardo Boff também expressa assim esse suplício:
(...) o mais terrível da tortura política é o fato de que ela obriga o torturado a lutar contra si mesmo. A tortura cinde a pessoa ao meio (...). A mente quer ser fiel à sua causa e aos companheiros; não quer de forma alguma entregá-los. O corpo submetido a toda sorte de intimidação e aviltamento, para ver se livre da tortura, tende a falar e assim fazer a vontade do torturador.
Enfim, é tortura tudo aquilo que deliberadamente uma pessoa possa fazer a outra, produzindo dor, pânico, desgaste moral ou desequilíbrio psíquico, provocando lesão, contusão, funcionamento anormal do corpo ou das faculdades mentais, bem como prejuízo à moral.
No Brasil durante a ditadura militar o CRIME de tortura foi sistematicamente aplicado. A institucionalização do CRIME de tortura foi uma opção política do regime militar.
Sobre a institucionalização da tortura, o documento dos presos políticos do Rio de Janeiro dirigido à Ordem dos Advogados do Brasil - OAB - em novembro de 1976 aponta:
(...) três aspectos fundamentais da tortura: 1) enquanto tentativa de intimidação frente à população; 2) enquanto método de coleta de informações; 3) enquanto base para o funcionamento da Justiça Militar.

2 - QUEM EXERCIA A REPRESSÃO E A TORTURA

Uma vasta e complexa estrutura, unificada sob a égide do sistema DOI-CODI, com a hegemonia das Forças Armadas, respondeu pela repressão e pela tortura durante a ditadura militar.
Ligados pelo CODI (Centro de Informações de Defesa Interna) ao comando nacional de repressão (Conselho de Segurança Nacional, Serviço Nacional de Informações, Centro de Informações do Exército, Centro de Informações da Marinha, Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica), os DOIS (Departamento de Operações Internas) congregaram a nível regional os órgãos repressivos das três armas, somando-se também a polícia política, a Polícia Militar e os grupos especiais de operações, dentre eles o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), todos subordinados diretamente ao Estado Maior das Forças Armadas (EMFA). A tortura institucionalizou-se, portanto, a partir dos próprios centros de poder, por seus canais mais diretos.
Um grupo de organizações para-militares de extrema direita (Aliança Anticomunista Brasileira, Centelha, Voluntários da Pátria, TFP - Tradicional Familia e Propriedade, CCC - Comando de Caça aos Comunistas , MAC - Movimento Anti-Comunista e outras) contribui para a repressão, tendo suas ações repressivas e terroristas acobertadas e respaldadas pelo Estado.


3 - COMO SE EXERCIAM A REPRESSÃO E A TORTURA

Prisões arbitrárias, com posterior abertura de inquérito. Utilização de diversas formas de tortura durante a fase de inquérito. Desaparecimento de réus. Os órgãos de repressão tinham domínio absoluto sobre os investigados, desrespeitando todos os direitos constitucionais e as próprias leis criadas pelo regime.

4 - QUAIS ERAM AS FORMAS DE TORTURA

Agressão física e pressão psicológica foram feitas de diversas formas, entre elas as que se utilizavam de:
1 - pau-de-arara (barra de ferro atravessada entre os punhos amarrados e a dobra dos joelhos, dependurando o réu);
• 2 - choque elétrico;
• 3- pimentinha (magneto que produzia eletricidade de baixa voltagem e alta amperagem);
• 4 - afogamento (um tubo de borracha jorrando água continuamente na boca do torturado);
• 5 - cadeira do dragão (cadeira pesada com assento de zinco, com terminal para receber choque elétrico e empurrar, a cada espasmo do preso, as suas pernas para trás, ferindo-as continua e progressivamente);
• 6 - geladeira (colocação do preso em um ambiente de temperatura baixíssima);
• 7 - insetos e animais (cobras, jacarés, cães, baratas, lançados sobre os presos);
• 8 - produtos químicos;
• 9 - cassetetes e forquilhas
• 10 - violação sexual.
• 11 - telefone (aplicar golpe com as mãos nos dois ouvidos)
• 12 - palmatória
• 13 - esbofeteamento
• 14 - empalamento (consiste em espetar uma estaca através do ânus até a boca do torturado para levá-lo à morte, deixando um carvão em brasa na ponta da estaca para que, quando esta atingisse a boca, o supliciado não morresse até algumas horas depois, de hemorragia)
• 15 - queimadura com cigarros
• 16 - mordidas de cachorro
• 17 - coroa de cristo ( fita de aço que vai sendo gradativamente apertada, esmagando aos poucos o crânio da vitima )
• 18 - arrancamento de dentes com alicate
• 19 - injeções de éter subcutâneas
• 20 - arrancamento de unhas
• 21 - soro da "verdade" ( PENTOTAL )
• 22 - fuzilamento simulado
• 23 - ameaças de morte (à própria pessoa, a filhos e companheiros)
• 24 - assistir à torturas de companheiros
• 25 - aplicar torturas em companheiros
• 26 - desorganização têmporo-espacial
• 27 - enterro simulado


5 - PRINCIPAIS LOCAIS CLANDESTINOS DE PRISÃO TORTURA e ASSASSINATOS DE PRESOS POLÍTICOS


• A "Casa dos Horrores" em Fortaleza, onde um policial gritou : "Aqui não é o Exército, nem a Marinha, nem a Aeronáutica, aqui é o Inferno";
• A "Casa de São Conrado", no Rio de Janeiro;/
• A "Casa de Petrópolis";
• O Colégio Militar de Belo Horizonte;
• A "fazenda" e a casa de São Paulo.


6 - TORTURA - CRIMES DE LESA - HUMANIDADE E IMPRESCRITIBILIDADE


Um grupo de mais de cem juristas, advogados, juízes e promotores de todo o país assinaram um manifesto em apoio à decisão do Ministério da Justiça de propor um debate nacional sobre o alcance da lei da anistia e sobre a possibilidade de processo pelo crime de tortura durante a ditadura militar
O "Manifesto dos Juristas" sustenta que a prática de tortura não constitui um crime político, mas sim um crime de lesa humanidade. " Além disso, afirma ainda, " é consenso na doutrina e jurisprudência internacionais que atos cometidos pelos agentes do governo durante as ditaduras latino-americanas foram crimes contra a humanidade". "A Corte Interamericana de Direitos Humanos, nesse sentido, consolidou entendimento que os crimes de lesa- humanidade não podem ser anistiados por legislação interna, em especial pelas leis que surgiram após o fim das ditaduras militares".
O Ministério Público Federal, através da Procuradoria da República em São Paulo/SP, solicitou ao Centro Internacional Para a Justiça Transicional parecer técnico sobre a natureza dos crimes de lesa- humanidade, a imprescritibilidade de alguns delitos e a proibição de anistias através do ofício n PR/SP - GABPR 12 - EAGP 352/2008 de 04 de julho de 2008, procedimento nº 1. 34.001.008495/2007
O parecer é claro e explicativo que tortura é CRIME de lesa-humanidade e imprescritível.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

MATARAM UM ESTUDANTE: NÃO PODIA SER SEU FILHO

Da violência cordial da antropologia anti-cotas ou “Mataram um estudante: não podia ser seu filho”

por Rodrigo Guéron[i]

Em 1968, quando o estudante Édson Luis foi assassinado pela polícia no restaurante Calabouço, um grito correu as ruas do Rio levado pelos seus colegas: “Mataram um estudante, podia ser seu filho!”. Esta palavra de ordem trouxe boa parte da chamada classe média, até então assustada com as passeatas, em apoio ao movimento contra a ditadura que culminou na passeata dos cem mil. Lembrando dos mesmos cem mil descendo a Avenida Rio Branco, Nelson Rodrigues sentenciava: “ninguém era Flamengo”.

Ainda que esta constatação não fosse nem de longe um pretexto para o grande dramaturgo e escritor apoiar a ditadura como apoiou, a frase de Nelson se referia ao que as imagens do movimento deixavam claro: não havia quase nenhum negro nas passeatas de estudantes, intelectuais e artistas do 68 brasileiro.

Em 2007, Camila Pitanga, mulher mestiça que gosta de se apresentar como “negra” (porque deve saber muito bem que não se trata de uma questão “biológica” ), afirmou que a ausência de modelos negras na São Paulo Fashion Week “espelha o racismo existente na sociedade”. De uma generosidade política rara em sua geração de atores, Camila soube fazer repercutir a sua posição na mídia. Talvez até considerasse – ou não – que na verdade o racismo estava na organização do evento: nos seus produtores e estilistas. Mas jamais poderia dizê-lo, não só porque foi convidada por um destes para desfilar, sendo uma das raras exceções de modelos negras, como também poderia ser processada se dissesse isso.

De fato, se a mesma Camila iniciasse um movimento por modelos negras nas passarelas, pela lógica de uma certa antropologia, sociologia, intelectuais e afins, que entregaram um manifesto contra as cotas no STF, a atriz ia ser chamada de “racista”.

Ainda que não seja muito feliz a comparação de universidades com passarelas de moda, a mesma lógica é usada contra um dos mais importantes movimentos sociais do país recentemente, o dos prévestibulares para negros e pobres, como o PVNC e o Educafro, e o resultado prático da ação ao mesmo tempo política e produtiva destes movimentos: alguns milhares de negros e pobres na universidade – os primeiros em toda a história de suas famílias – e uma mobilização dentro destas, desde uma pressão de fora, por uma política de ação afirmativa que já está em cerca de quarenta instituições de ensino superior, sem falar os bolsistas do Prouni, programa que os signatários do manifesto anti cotas agora também atacam.

Segundo esta espécie de categoria “intelectuais oficiais”, ou “intelectuais celebridades” que se criou no Brasil, seriam estes movimentos os responsáveis por uma futura e perigosa introdução do racismo no Brasil. A lógica deste pensamento é a seguinte: quase nenhuma modelo negra, mas quem exigir modelos negras será racista; pouquíssimos estudantes negros, quase nenhum professor, raríssimos médicos, economistas, engenheiros, cientistas, mas quem se mobiliza por um programa de ação afirmativa para reverter esta desigualdade é que é racista.

Mas o que o assassinato do estudante Édson Luís, e os temores das mães de classe média de perder os seus filhos tem com isso? Tudo se ficarmos tanto no tema “assassinato” quanto nos “temores de mãe”; mas agora de muitos jovens, poucos estudantes, quase nenhum universitário: os milhares que morrem por ano nas nossas metrópoles. O Brasil com os recordes mundiais de jovens – na imensa maioria negros e mestiços –, assassinados nas metrópoles.

Assim enquanto alguns destes(as) senhores(as) antropólogos, sociólogos, intelectuais e etc(as) temem a política de cotas, os jovens negros e pobres temem ser assassinados. Relacionarei aqui então, como convém ao debate, alguns dos meus argumentos a favor da política de cotas, como já fiz em outros artigos. Mas não sem antes assinalar que tenho a impressão de não estamos diante de debate algum; mas de uma sofisticadamente perversa estratégia política, um ardiloso jogo de poder do qual os(as) doutores(as) que articularam o manifesto entregue no STF são protagonistas, deslocando-se para a posição de ideólogos de uma violenta máquina de propaganda que dispensa o mínimo de honestidade intelectual. Em outras palavras, esta negação do racismo, e a inversão da acusação, é a própria ação de um poder que produziu, e segue produzindo, uma das sociedades mais desiguais e violentas do mundo.

Esta estratégia consiste em, de um lado, não parar de repetir que “no Brasil o racismo não é o problema”, enquanto de outro a desigualdade constrói, no espaço urbano, no mundo do trabalho e do ensino, a imagem dos negros e dos mestiços como de um “menos”. Temos então um racismo que se manifesta –“fala”– a partir da própria realidade criada, e que começa exatamente ali onde tem alguém dizendo “não somos racistas”, posto que faz parecer o lugar social onde se encontram a maior parte dos brasileiros negros e mestiços como uma espécie de “lugar merecido”, ou “ lugar natural”.

Dizer então que o problema do Brasil não é “racial”, mas “social”, é separar o inseparável. Ao longo de todo o século XX o racismo não parou de produzir exclusão, concentração de renda, pobreza e violência. O cidadão não arrumava emprego, era parado na blitz da polícia, era estigmatizado na escola, era condenado a penas maiores nos tribunais, ou mesmo era considerado culpado a priori, porque era negro. O racismo quando não estava nas falas – e também estava – falava pela maneira como o lugar social dos negros e mestiços era construído: no mundo do trabalho, nos espaços da cidade, nos meios de comunicação, no acesso ao conhecimento.

E é exatamente porque o racismo é uma poderosa força social, que é igualmente falacioso opor à política de cotas o argumento que “a biologia já provou que o conceito de raça não existe”. Ora, o que esta discussão tem a ver com a biologia ou com a genética? As políticas de ação afirmativa buscam desmontar e reverter o racismo e a desigualdade como algo que se construiu social e historicamente. A questão não é raça como conceito biológico, mas a cor da pele e as características físicas como forma de distinção social e como mecanismo de produção de desigualdade, controle e violência.

Assim, as características físicas, a cor da pele dos jovens assassinados nas metrópoles brasileiras dos anos 2000, nos levam ainda uma vez ao assassinato do estudante Édson Luis. Mas desta vez por causa da diferença, e não da semelhança. Lá em 68 os colegas de Édson, revoltados, foram em busca de um prédio público onde velariam o corpo e a partir de onde se espalharia o grande movimento político de resistência à ditadura. Seria então um impressionante espetáculo se os que sobreviveram e resistem ao extermínio diário que há nas favelas e periferias brasileiras, e que esta resistência os levou até os pré vestibulares para negros e carentes e ao movimento pró-cotas, resolvessem fazer algo semelhante com o que o pessoal fez em 68: trazer os seus mortos para algum prédio público. Por exemplo, para o de uma universidade como a UFRJ, que tanto rejeita a política de cotas (embora inúmeros de seus professores tenham assinado o manifesto pró-cotas). Seria uma cena impressionante, um espetáculo hiperrealista: multidões descendo dos morros e da periferia carregando milhares de cadáveres como fizeram com o corpo de Édson. Neste momento, se os mortos falassem, talvez dissessem: “poderíamos estar aí”. Mas é provável que nem assim esta multidão de garotos negros e mestiços fosse comover os que insistem que no Brasil o racismo não é um problema, e que uma política que os distingue pela cor da pele, desta vez para ajudá-los a entrar na universidade, e não para serem vidas matáveis, é que provocaria a violência. Tamanha indiferença aos mortos seria exatamente porque os que sobreviveram jamais poderiam repetir a mesma palavra de ordem dos colegas de Edson Luis em 68; a não ser que gritassem ao pé da janela de nossa cordial antropologia anti-cotas: “Mataram um (não) estudante, porque não podia (e nem parecia) ser seu filho!”.



[i] Filósofo, Professor Adjunto da UERJ, Doutor em Filosofia (Estética e Filosofia da Arte), cineasta e roteirista de cinema e TV, membro da rede universidade nômade.

HASTA SIEMPRE COMMANDANTE-Buena Vista Social Club

NOVELAS LUCRAM COM MERCHANDISING,BURLANDO REGRAS DE PROGRAMAÇÃO


Entre um e outro momento dramático, enquanto a mocinha se recupera de um grave acidente, sobra espaço para dar dicas de maquiagem, indicar cores de batom ou descrever os muitos atributos de um rádio de carro com controle remoto.

Além dos dramas de Alinne Moraes, estão na novela das oito, "Viver a Vida", cosméticos da Natura, telefones Nextel e todos os 11 modelos de carros da Kia, com direito a passeios pela concessionária entre uma cena de choro e outra de briga. "Está indo bem demais", comemora o autor da trama, Manoel Carlos. "O merchandising em "Viver a Vida" é um recorde."

Desde a estreia, há 120 capítulos, a história já teve pelo menos 41 ações publicitárias, entre cenas que descrevem produtos, as que os mostram de relance e outras em que personagens aparecem dirigindo, acionando teclas e se maquiando. Nos últimos cinco anos, esse tipo de ação em novelas vem turbinando o faturamento da Globo, da Record e do SBT.
Só na Record, o número de profissionais trabalhando com essa tática quintuplicou, e o setor já responde por mais de 16% do faturamento anual da rede. "É o produto mais caro que temos na grade", diz Marcus Vinicius Chisco, diretor de merchandising. "Antes eram dois clientes, no máximo cinco ações na temporada, agora temos uma a cada dez capítulos."
Na Avon, gigante de cosméticos, as ações triplicaram em cinco anos: foram das dez inserções que fizeram na novela das sete "A Lua Me Disse", em 2005, às 30 de "Negócio da China" e "Caras & Bocas", na Globo, e "Bela, a Feia", na Record.

"Quando tem um lançamento, a gente sempre opta por fazer isso", diz Mônica Nakamura, diretora de marketing. "É uma forma de acessar as mulheres de maneira mais suave, fazer parte do dia a dia delas."
Mas essa suavidade tem um preço. Enquanto um anúncio de 30 segundos num intervalo da novela das oito, na Globo, custa em média R$ 380 mil, a publicidade dentro do programa chega a sair por R$ 1 milhão. Um conjunto de ações, negociado entre o cliente e a emissora, pode passar de R$ 3 milhões.
E vários desses pacotes podem ser vendidos ao longo da trama, que costuma se estender por 200 capítulos. Considerando um custo de produção de R$ 200 mil por episódio, 40 ações desse tipo são suficientes para bancar toda uma novela.
Segundo publicitários ouvidos pela Folha, o anúncio disfarçado vale a pena. Lica Bueno, diretora de mídia da agência F/ Nazca, aponta três vantagens da estratégia para o anunciante: maior impacto, já que a novela dá mais audiência que o intervalo, a possibilidade de demonstrar o uso do produto e o endosso de celebridades.
Em geral, anunciantes não querem seu creme hidratante associado a um mafioso ou traficante. Preferem mocinhas e mocinhos, nunca vilões. No caso de uma vilã, só uma "glamourosa", como frisa a diretora de marketing da Avon.
Um redator publicitário, que não quis ser identificado, conta que se a vilã for apenas fútil, não há problemas. Grave é quando falhas de caráter a levam a ações mais violentas, como explodir alguns shoppings.

Drible na regra
Esses informes publicitários, velados em forma de diálogos em grande parte insossos, são uma forma de as redes driblarem o limite máximo de 25% do tempo de programação que podem destinar à publicidade, já que o Ministério das Comunicações não conta merchandising como intervalo comercial.
A diferença entre publicidade convencional e a inserida na trama também demanda a atenção dos anunciantes. Ao contrário do spot de 30 segundos, em que controlam de tudo, do roteiro, cenário e escolha de atores à maquiagem e à iluminação, o set da novela é um terreno não tão certo.
"Merchandising é mais desgastante", diz a publicitária Lica Bueno. "Não tem padrão, o roteiro é feito na emissora, e o resultado requer um ajuste de expectativas."

Uma cena em que Jorge, personagem de Mateus Solano em "Viver a Vida", descreve em detalhes o rádio de seu carro da Kia não agradou nem ao presidente da marca. "Foi um pouco "over'", diz José Luiz Gandini. "Isso não é bom, pode gerar a rejeição do público." A empresa faz ações comerciais em todas as novelas das oito desde "A Favorita" (2008), e inclusive já fechou contrato para a próxima, "Passione", que deve estrear em abril deste ano.

Em tese, anunciantes não podem interferir nas gravações, nem exigir mudanças no roteiro. "Em programas de auditório, o anunciante pode ir, mas em novela, depende do quanto está pagando", diz um redator de merchandising. "Se o cara der um caminhão de dinheiro, tudo pode ser negociado."

Fonte: Folha de S.Paulo
Postado por Lucio Costa às 04:41 0 comentários

SALVE-SE QUEM PUDER - DEXTER

ECOS DO PORÃO!!!

Fico pensando no que foi o nazismo. No Tribunal de Nuremberg. Na justiça que se procurou fazer diante daquele genocídio. Julgou-se os assassinos, e ponto. Não os que a ele resistiram. E só o faço como alusão à situação brasileira.

Fico pensando na decisão argentina de abrir todos os arquivos confidenciais das Forças Armadas referentes ao período da ditadura militar, ocorrida entre 1976-1983. Essa abertura foi feita para subsidiar a apuração de violações aos direitos humanos durante aquele período.

E penso novamente no Brasil, no barulho que se está fazendo diante da possibilidade da criação da Comissão Nacional da Verdade, que já aconteceu na maioria dos países da América Latina que viveram também a tenebrosa experiência de ditaduras. Nesses países encara-se com naturalidade que criminosos, torturadores, assassinos sejam julgados, e muitos deles foram julgados, condenados e presos.

Quem desembarcasse no Brasil nos últimos dias e não soubesse nada de nossa história, certamente começaria a assimilar a idéia de que não houve ditadura. Que ela não matou, não seqüestrou, não torturou barbaramente homens, mulheres, crianças, religiosos, religiosas. Que não empalou pessoas, que não fez desaparecer seres humanos, que não cortou cabeças, que não queimou corpos. Que não cultivou o pau de arara, o choque elétrico, o afogamento, a cadeira do dragão, que não patrocinou monstros como Carlos Alberto Brilhante Ustra ou Sérgio Paranhos Fleury, este morto, o primeiro ainda exibindo sua arrogância, cinismo e ainda certeza da impunidade.

De repente, se não insistirmos na luta para afirmar a verdade da história, gente do nosso povo pode até acreditar na versão que querem passar de que houve apenas uma luta entre um regime legal e os que a ele se opunham.

É falso, mentiroso dizer que a Comissão Nacional da Verdade que se pretende implantar queira eliminar a Lei de Anistia. Ela pretende, se instalada, apurar todas as violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da repressão política durante os 21 anos de ditadura.

É a forma de legalmente desencadear o processo histórico, político, ético,
criminal, como disse o ministro Vannuchi, de todos os episódios de tortura, assassinatos e desaparecimentos de opositores políticos registrados naquele período.

O que se sustenta, aqui e em todo o mundo democrático, é que a tortura é crime imprescritível, e que esse crime não pode permanecer impune. Não é à toa que o ex-ditador Pinochet, um assassino, foi detido em Londres e depois julgado em seu país.

Não se queira fazer acreditar que a Comissão Nacional da Verdade pretenda desmoralizar as Forças Armadas. Ao contrário. Pretende-se que quaisquer que sejam os cidadãos que tenham cometido o crime da tortura ou que tenham assassinado pessoas por razões políticas ou tenham feito com que desaparecessem sejam julgados por seus crimes de lesa-humanidade.

E julgamento é atribuição do Judiciário, com sua soberania e com os ritos próprios da democracia. Diz-se isso para que se diferencie dos mais de 20 anos da ditadura, onde não havia qualquer legalidade. Muitos dos nossos companheiros não chegaram a ser julgados: foram mortos de forma covarde, insista-se na palavra, covarde, na tortura brutal, cruel, e os registros históricos são vastíssimos. Não cabem neste artigo.

Assistam o filme Cidadão Boilensen. É interessante como registro da associação corrupta entre grupos empresariais e a Operação Bandeirante, entre o aparato repressivo e as finanças, entre a ditadura e o grande negócio. Puro banditismo, acobertado pelo silêncio imposto à época. E para compreender, também, parte, apenas parte, da impressionante crueldade desse aparato.

Não sei como se movimentará a sociedade brasileira nesse caso. Sei que mais de 10 mil cidadãos assinaram um manifesto, inclusive eu, defendendo que os envolvidos em crimes de tortura em nome do Estado brasileiro devem ser julgados e punidos pelos seus atos.

Estamos defendendo a civilização, a humanidade, a democracia. Não dá para acobertar crimes como o da tortura ou assassinatos e desaparecimentos de opositores políticos. Esta é a posição de quem não esquece o terrorismo da ditadura. A posição de quem defende intransigentemente a democracia. E que grita: ditadura, nunca mais!

Emiliano Jose é Jornalista, escritor, deputado federal (PT/BA)

fonte : Agência Carta Maior
postado por Luiz Ap. às 07:11 em 14/01/2010

IMPERIALISMO AMERICANO ESTÁ MAIS VIVO QUE NUNCA!!!

Cercando a Venezuela - Ignacio Ramonet

Chávez vive um cerco ao seu país

A chegada ao poder do presidente Hugo Chávez na Venezuela no dia 2 de fevereiro de 1999 coincidiu com um acontecimento militar traumático para os Estados Unidos: o fechamento de sua principal instalação militar na região, a base Howard, situada no Panamá, e fechada em virtude dos Tratados Torrijos-Carter (1977).

Em substituição, o Pentágono elegeu quatro localidades para controlar a região: Manta, no Equador; Comalapa, em El Salvador; e nas ilhas de Aruba e Curaçao (de soberania holandesa).

A suas – por assim dizer – "tradicionais" missões de espionagem adicionou novos cometidos oficiais a estas bases (vigiar o narcotráfico e combater a imigração clandestina para os Estados Unidos); além de outras tarefas encobertas, tais como lutar contra os insurgentes colombianos; controlar os fluxos de petróleo e minerais, os recursos de água doce e a biodiversidade.

Porém, desde o início, seus principais objetivos foram: vigiar a Venezuela e desestabilizar a Revolução Bolivariana. Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o Secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, definiu uma nova doutrina militar para enfrentar o "terrorismo internacional".

Modificou a estratégia de deslocamento exterior, fundada na existência de enormes bases dotadas de numeroso pessoal. E decidiu substituir essas megabases por um número muito mais elevado de Foreing Operating Location (FOL, Lugar Operacional Preposicionado) e de Cooperative Security Locations (CSL, Lugar de Segurança Compartilhado), com pouco pessoal militar, porém equipado com tecnologias ultramodernas de detecção.

Resultado: em pouco tempo, a quantidade de instalações militares estadunidenses no exterior se multiplicou, alcançando a insólita soma de 865 bases de tipo FOL ou CSL localizadas em 46 países. Jamais na história, uma potência multiplicou de tal modo seus postos militares de controle para implantar-se através do planeta.

Na América Latina, o redesdobramento de bases permitiu que a de Manta (Equador) colaborasse no falido golpe de Estado de 11 de abril de 2002 contra o presidente Chávez. A partir de então, uma campanha midiática dirigida por Washington começa a difundir falsas informações sobre a pretendida presença nesse país de células de organizações como Hamas, Hezbolah e até Al Qaeda.

Com o pretexto de vigiar tais movimentos e em represália contra o governo de Caracas, que pôs fim, em maio de 2004, a meio século de presença militar estadunidense na Venezuela, o Pentágono amplia o uso de suas bases militares nas ilhas de Aruba e Curaçao, situadas muito próximas das costas venezuelanas, onde, ultimamente, têm sido incrementadas as visitas de navios de guerra dos Estados Unidos.

Isso tem sido denunciado recentemente pelo presidente Chávez: "É bom que a Europa saiba que o império norteamericano está armado até os dentes; enchendo as ilhas de Aruba e Curaçao com aviões e navios de guerra. (...) Estou acusando o Reino dos Países Baixos de estar preparando, junto com o império yanqui, uma agressão contra a Venezuela" (1).

Em 2006, em Caracas se começa a falar em "socialismo do século XXI"; nasce a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e Hugo Chávez é reeleito presidente. Washington reage impondo um embargo sobre a venda de armas para a Venezuela sob o pretexto de que Caracas "não colabora suficientemente na guerra contra o terrorismo". Os aviões F-16 das Forças Aéreas venezuelanas ficam sem peças de reposição.

Diante dessa situação, as autoridades venezuelanas estabelecem um acordo com a Rússia para dotar sua força aérea de aviões Sukhoi. Washington denuncia um suposto "rearmamento massivo" da Venezuela, omitindo recordar que os maiores orçamentos militares da América Latina são os do Brasil, da Colômbia e do Chile. E que, a cada ano, a Colômbia recebe uma ajuda militar estadunidense de US$ 630 milhões (uns 420 milhões de euros). A partir daí, as coisas se aceleram.

No dia 1º de março de 2008, ajudadas pela base de Manta, as forças colombianas atacam um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), situado no interior do território do Equador.

Quito, em represália, decide não renovar o acordo sobre a base de Manta que venceu em novembro de 2009.

Washington responde, no mês seguinte, com a reativação da IV Frota (desativada em 1948, há 60 anos...), cuja missão é vigiar a costa atlântica da América do Sul. Um mês mais tarde, os Estados sulamericanos, reunidos em Brasília, respondem criando a União das Nações Sulamericanas (Unasul); e, em março de 2009, criaram o Conselho de Defesa Sulamericano.

Umas semanas depois, o embaixador dos Estados Unidos em Bogotá anuncia que a base de Manta será relocalizada em Palanquero, na Colômbia. Em junho, com o apoio da base estadunidense de Soto Cano acontece o golpe de Estado em Honduras contra o presidente Manuel Zelaya, que havia conseguido integrar seu país a Alba.

Em agosto, o Pentágono anuncia que estabeleceria sete novas bases militares na Colômbia. E, em outubro, o presidente conservador do Panamá, Ricardo Matinelli, admite que cedeu aos Estados Unidos o uso de quatro novas bases militares.

Desse modo, a Venezuela e a Revolução Bolivariana se veem rodeadas por nada menos que 13 bases estadunidenses, situadas na Colômbia, no Panamá, em Aruba e em Curaçao. Bem como pelos porta-aviões e navios de guerra da IV Frota.

O presidente Obama parece ter deixado mãos livres ao Pentágono. Tudo anuncia uma agressão iminente. Os povos consentirão que um novo crime contra a democracia seja cometido na América Latina?

Nota:
(1) Discurso no Encontro da ALBA com os Movimentos Sociais, Dinamarca, Copenhague, 17 de dezembro de 2009.

Publicado originalmente no Le Monde Diplomatique em espanhol nº 171 Janeiro de 2010

O PHOTOSHOP COLOCOU ÓCULOS ESCUROS EM CARTAZ DE ASHTON KUTCHER





Ashton Kutcher ganhou óculos escuros no cartaz de 'Toy Boy', título dado ao filme 'Spread' quando foi lançado nos cinemas franceses. Mas o resultado do Photoshop ficou falso, nao é mesmo? Bem diferente do cartaz original. Acima, um detalhe do poster e, mais abaixo, o cartaz por inteiro.

NATALIE PORTMAN E SUA MÃO ALIENÍGENA


Natalie Portman e sua mao de alienígena na capa da revista Photoshop 09:08 Foto e direçao de arte nao se acertaram muito bem na capa da V Magazine que exibe Natalie Portman em visual punk chic, usando peças Chanel. Pena, a foto é do renomado Mario Testino. Mas veja como ficou a mao de Natalie colocada sobre o V cor de rosa - é mesmo a atriz ou um clone alienígena saído de Star Wars?

BERLUSCONI : O CARA DE PAU


Platéia do discurso político foi aumentada com o Photoshop viu essa?13:13 Você enquadraria o uso do Photoshop entre as práticas pouco éticas dos políticos? Veja este exemplo que mostra Silvio Berlusconi falando para uma platéia enooorme. Veja aqui a foto ampliada. O Photoshop Disasters encontrou gente duplicada entre o publico (!) .
E TEM ALGUMAS PESSOAS QUE QUEREM ENTREGAR BATISTTI PARA ESSE PILANTRA

NOVAS FOTOS INÉDITAS DE MARILYN MONROE









Novas fotos ineditas de Marilyn Monroe estao a venda na web veja21:30 Fotos de Marilyn Monroe aparentando descontraçao em um apartamento de Nova Iorque, 9 meses antes de sua morte, foram mostradas ao público nesta 6a, depois de passarem mais de 45 anos em um arquivo particular. O fotógrafo Len Steckler fez as imagens em preto e branco de Marilyn quando ela chegou a seu apartamento inesperadamente em dezembro de 1961 para visitar seu amigo, o poeta premiado com o Pulitzer Carl Sandburg. Com Reuters em 06/02.

Steckler as oferece à venda em uma ediçao limitada intitulada 'Marilyn Monroe The Visit'. As fotos mostram a atriz usando óculos de sol de aro grosso andando e rindo com Sandburg - "Foi um acaso feliz, os dois ícones curtindo seu momento, e eu ali com minha câmera", disse Steckler à Reuters, acrescentando que ficou de lado, quase invisível, fotografando Monroe, que tinha 35 anos, e Sandburg, 83, enquanto os dois batiam papo de maos dadas. Ex fotógrafo comercial e de beleza que hoje tem "cerca de 80 anos" e vive em Los Angeles, Steckler comentou que "Marilyn adorava homens mais velhos e gostava de intelectuais (...)". Detalhe - ela tinha pintado seus cabelos de branco especialmente para o encontro 250 copias estao a venda em thevisitseries.com por preços que variam entre USD 1,999 e 3,999.