Jornalismo Crítico
Le Monde Diplomatique Brasil é uma iniciativa conjunta do
Instituto Paulo Freire e Instituto Pólis.Cabe ao Instituto Paulo Freire a responsabilidade pela edição eletrônica e ao Instituto Pólis, a edição impressa
Lançado em 1954, na França, e publicado hoje em 71 edições internacionais e 25 idiomas, o Le Monde Diplomatique tornou-se sinônimo de jornalismo crítico e sem concessões à superficialidade.
Estas características assumiram, com a globalização de “pensamento único”, um novo sentido.
No momento em que alguns afirmavam a impossibilidade de alternativas, o jornal re-suscitava a idéia de que os cidadãos podem fazer opções políticas – e, por isso, têm direito a conhecer o mundo em que vivem. Não por acaso, jogou papel destacado no surgimento da idéia de cidadania planetária.
Le Monde Diplomatique envolveu-se, no plano intelectual, em todas as campanhas que marcaram a emergência da sociedade civil planetária. Em 1997, ao descrever as conseqüências sociais dramáticas das crises financeiras asiáticas, propôs, como antídoto, a mobilização internacional dos cidadãos contra a ditadura dos mercados – num texto que viria a estimular a fundação do movimento ATTAC.
Em 1998, seus artigos sobre do Acordo Multilateral sobre Investimentos (AMI) [1] estimularam uma resposta mundial que evitou um novo ataque aos direitos sociais e ao ambiente.
Em 1999, apontou os riscos de mais uma rodada de “liberalização” do comércio promovida pela OMC; e viu nos protestos de Seattle (EUA), que desfizeram a ameaça, como sinal da “emergência de um contra-poder mundial”.
Em 2000, a redação do jornal foi o local onde um grupo de brasileiros apresentou, pela primeira vez, a idéia de organização de um Fórum Social Mundial [2].
Le Monde Diplomatique só pode desempenhar um papel tão destacado na construção de uma cidadania planetária porque sempre recusou a condição de panfleto. Num mundo em que se proclama a inexistência de alternativas – e se procura, portanto, reduzir dos cidadãos a espectadores da História –, nada mais transformador que valorizar e construir, na prática, o direito à informação, à comunicação, ao exercício de enxergar o mundo e influir em seus destinos.
A edição brasileira recupera mais de 1700 textos publicados desde 2001. Mas vai muito além. Todos os artigos foram cuidadosamente catalogados e associados a palavras-chaves. A partir deste esforço, surgiu uma
Biblioteca->http://www.diplo.org.br
com mais de 500 Fichas Temáticas.
[1] Debatido na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o AMI pretendia subordinar as ações das sociedades e governos ao "direito" das grandes corporações transnacionais, tratadas como "investidores". Tinha a forma de um acordo internacional, ao qual deveriam aderir os países interessados em se conservar atrativos para tais empresas. Segundo o texto do acordo, elas adquiriam condições jurídicas para questionar e anular decisões que, ao ampliar direitos sociais ou a proteção do ambiente, fossem vistas como tendentes a reduzir a lucratividade das corporações.
Procurar
Crise mundial: as garantias de direitos sociais e o capitalismo
Movimentos sociais conectados: o MST e o Exército Zapatista
Salários invioláveis: uma questão de liberdade
Ciência e democracia na Amazônia
A máquina do Estado e as desigualdades cidadãs
Mirar Battisti, acertar a multidão
Marchinhas para um carnaval francês
A grande oportunidade de Obama
Carta Capital e o país de Pinocchio
Blog da redação
As condições da Raposa Serra do Sol
Os insurretos do século 21: a I Insurreição Pirata
Crise do software proprietário e o crescimento do Pinguim
Apenas na velocidade dos dedos
Edição mensal
Preparando-se para os conflitos urbanos
A instabilidade do pós-colonialismo
Criação de valor ou extração de lucro?
A França na Otan
O desafio de construir uma Europa social
Protecionismo para uns, livre comércio para outros
O retorno do protecionismo
Desejo profundo de mudança social
Entre a água e a comida
Frantz Fanon, uma voz dos oprimidos
Veja também» Outras edições
Nenhum comentário:
Postar um comentário