
Rio – Morreu na madrugada desta sexta-feira, o ex-prefeito do Rio e Presidente de Honra do Partido Socialista Brasileiro, Jamil Haddad.
Ele tinha 83 anos e sofreu um infarto em sua residência, na Tijuca.
O médico foi ministro da Saúde no governo Itamar Franco.
O velório será realizado nesta sexta, a partir das 13h, na capela 2, do cemitério São João Batista, em Botafogo, e o sepultamento está previsto para às 17h.
Haddad formou-se médico pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1949, com especialização em ortopedia.
Ingressou na vida política em 1966, quando foi eleito deputado estadual pela aliança entre o PTB e o PSB. Reeleito em 1966, filiou-se ao MDB, mas teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos.
Foi indicado pelo governador Leonel Brizola para a prefeitura do Rio, permanecendo no cargo de março a dezembro daquele ano, quando renunciou, por discordar do projeto político executado pelo seu partido, que buscava maiores aproximações com o PMDB e o PTB
Em 1985, com a eleição de Saturnino Braga como prefeito, assumiu uma cadeira no Senado na condição de suplente. Já era então filiado ao PSB, partido que presidiu entre 1986 e 1993. Em 1990, com o fim de seu mandato como senador, foi eleito deputado federal.
Em 2001, foi contra a entrada de Garotinho e Rosinha no PSB e acabou saindo do partido, só retornando quando o casal migrou para o PMDB.
Seu último cargo público foi como presidente do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2003.
http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2009/12/morre_o_ex_prefeito_do_rio_jamil_haddad_52494.htmlAutor:
luisnassif - 11/12/2009 - 16:18 Morte de Jamil HaddadPor Paulo Kautscher
Uma notícia triste consternou-me nessa manhã: a morte por infarto na madrugada de hoje, no Rio, do sempre sereno, mas combativo amigo Jamil Haddad, presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ex-ministro da Saúde do governo Itamar Franco.Conheci e convivi longamente com Jamil. Admirava sua trajetória e coerência na velha geração de militantes socialistas que resistiram bravamente à ditadura militar. Como senador, presidente nacional do PSB e deputado federal - mandato que exercemos juntos - guardo dele a melhor lembrança, a de um lutador, um idealista, um nacionalista sempre ao lado das causas populares.Ele foi, também, deputado estadual pelo Estado da Guanabara. Com a extinção dos antigos partidos e a imposição do bipartidarismo pela ditadura militar, em 1965, filiou-se ao único partido de oposição que se organizou então, o MDB. Em 1966 reelegeu-se deputado estadual, mas em 1967 teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Em 1979, participou da fundação do PDT ao lado do governador Leonel Brizola. Perco um amigo com quem eu e os companheiros do PT sempre pudemos contar. Foi um bem articulado defensor da Frente Brasil Popular e da candidatura do presidente Lula. Sempre pudemos contar com seu apoio irrestrito, sua disposição de luta, engajamento e disponibilidade para as conversas políticas. Jamil deixa um bom exemplo de político de firmeza e lealdade, com idéias e ideais.
Comentários
Pois é, vai fazer falta o socialista Jamil Haddad. É um exemplo de coerência e persistência, além de um servidor incansável da causa pública. Pena que tenha sido vítima da inescrupulosidade tucana, que divulga há anos que foi José Serra o pai dos remédios genéricos, quando todo mundo sabe que foi exatamente Jamil Haddad que empreendeu esse projeto, até que virasse realidade no governo Itamar Franco. Ele merecia ter sido respeitado, mas não se pode esperar muito dessa neo-direita e seus braços midiáticos. Que descanse em paz Jamil Haddad !
JOSÉ DIRCEU
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