sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

http://institutohelenagreco.blogspot.com/

O objetivo do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – o pleonasmo é proposital – é o resgate do binômio Direitos Humanos e Cidadania no registro da combatividade e da radicalidade peculiares à trajetória de nossa referência política. Para nós, D. Helena é a própria personificação da dignidade da política – luminoso exemplo de vida e exemplo de luta obrigatório, nacional e internacionalmente.O caráter do Instituto Helena Greco, portanto, está contido no próprio nome, com o qual estabelecemos de público o nosso compromisso, que se realizará nas seguintes linhas:· Aprofundamento da concepção de direitos humanos e cidadania, que deve ser objeto de permanente construção a partir da fórmula direito de ter direitos, ou seja, participação direta nas decisões, na construção do mundo comum, na transformação da realidade, o que Hannah Arendt chamaria de compromisso incondicional com a ação;· Demarcação aberta em relação ao processo de institucionalização, perda de substância crítica, banalização e capitulação frente ao canto de sereia do pensamento único que tem caracterizado os debates, as práticas e as políticas públicas voltadas para o tema;· Discriminalização e resgate da polêmica e do dissenso, lembrando que são estes – e não o consenso e o consentimento – os elementos fundantes da democracia: a nossa luta é pela radicalização dela;· Luta pelo resgate da memória, logo, contra a fabricação da amnésia histórica, um dos maiores flagelos que caracterizam a nossa realidade, constituindo grande obstáculo para a construção da cidadania Entendemos o direito à verdade, à história e à memória como dimensão básica de cidadania, o que compreende a localização dos desaparecidos políticos, a nomeação/responsabilização/punição dos torturadores e assassinos dos presos políticos e a abertura irrestrita dos arquivos da repressão;· Combate acirrado contra o Estado de Exceção permanente que se abate sobre os territórios da pobreza, na prática do genocídio da nossa população jovem e negra e da política de encarceramneto em massa;· Luta pelo desmantelamento do aparelho repressivo e pela erradicação da tortura, instituição tão sólida aqui no Brasil quanto o latifúndio, a Igreja e a Rede Globo de Televisão.Sabemos que o nosso projeto, ainda em construção, é ambicioso. Afinal trata-se de recuperar a vocação instituinte, libertária, universal, internacionalista e – porque não? – revolucionária própria da essência e da história do binômio Direitos Humanos e Cidadania, o que não será tarefa fácil. Tal empreendimento compreende disputa de hegemônca ideológica e cultural, mais uma vez demarcação com o discurso autorizado, o saber instituído e o senso comum aviltado.A estrutura e a praxis do Instituto Helena Greco deverão refletir tudo isto: ele será centro alternativo de produção de conhecimento e articulação de práticas que expressem o acúmulo, as vivências e a história dos movimentos e das lutas sociais, e não a relação saber- poder hegemônica. As reflexões teóricas, os debates, os embates e as ações que nos propomos desenvolver devem se constituir enquanto mecanismos de contra discurso e conntrapoder. Acreditamos que só desta forma honraremos e faremos jus ao nome de nossa referencia política, Helena Greco.Belo Horizonte, 10 de Agosto de 2005.O objetivo do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – o pleonasmo é proposital – é o resgate do binômio Direitos Humanos e Cidadania no registro da combatividade e da radicalidade peculiares à trajetória de nossa referência política. Para nós, D. Helena é a própria personificação da dignidade da política – luminoso exemplo de vida e exemplo de luta obrigatório, nacional e internacionalmente.
O caráter do Instituto Helena Greco, portanto, está contido no próprio nome, com o qual estabelecemos de público o nosso compromisso, que se realizará nas seguintes linhas:
· Aprofundamento da concepção de direitos humanos e cidadania, que deve ser objeto de permanente construção a partir da fórmula direito de ter direitos, ou seja, participação direta nas decisões, na construção do mundo comum, na transformação da realidade, o que Hannah Arendt chamaria de compromisso incondicional com a ação;· Demarcação aberta em relação ao processo de institucionalização, perda de substância crítica, banalização e capitulação frente ao canto de sereia do pensamento único que tem caracterizado os debates, as práticas e as políticas públicas voltadas para o tema;· Discriminalização e resgate da polêmica e do dissenso, lembrando que são estes – e não o consenso e o consentimento – os elementos fundantes da democracia: a nossa luta é pela radicalização dela;· Luta pelo resgate da memória, logo, contra a fabricação da amnésia histórica, um dos maiores flagelos que caracterizam a nossa realidade, constituindo grande obstáculo para a construção da cidadania Entendemos o direito à verdade, à história e à memória como dimensão básica de cidadania, o que compreende a localização dos desaparecidos políticos, a nomeação/responsabilização/punição dos torturadores e assassinos dos presos políticos e a abertura irrestrita dos arquivos da repressão;· Combate acirrado contra o Estado de Exceção permanente que se abate sobre os territórios da pobreza, na prática do genocídio da nossa população jovem e negra e da política de encarceramneto em massa;· Luta pelo desmantelamento do aparelho repressivo e pela erradicação da tortura, instituição tão sólida aqui no Brasil quanto o latifúndio, a Igreja e a Rede Globo de Televisão.Sabemos que o nosso projeto, ainda em construção, é ambicioso. Afinal trata-se de recuperar a vocação instituinte, libertária, universal, internacionalista e – porque não? – revolucionária própria da essência e da história do binômio Direitos Humanos e Cidadania, o que não será tarefa fácil. Tal empreendimento compreende disputa de hegemônca ideológica e cultural, mais uma vez demarcação com o discurso autorizado, o saber instituído e o senso comum aviltado.
A estrutura e a praxis do Instituto Helena Greco deverão refletir tudo isto: ele será centro alternativo de produção de conhecimento e articulação de práticas que expressem o acúmulo, as vivências e a história dos movimentos e das lutas sociais, e não a relação saber- poder hegemônica. As reflexões teóricas, os debates, os embates e as ações que nos propomos desenvolver devem se constituir enquanto mecanismos de contra discurso e conntrapoder.
Acreditamos que só desta forma honraremos e faremos jus ao nome de nossa referencia política, Helena Greco.Belo Horizonte, 10 de Agosto de 2005.
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