segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O QUE ZÉ ALAGÃO FOI FAZER COM SCHWARZENEGGER EM COPENHAGUE


Na foto, o melhor amigo do Zé Alagão – eles se merecem

O encontro do Zé Alagão com o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger em Copenhague só mereceu destaque no PiG (*) provinciano – é o que me contam.

Sem mencionar Copenhague, o nome de Arnold apareceu na imprensa americana, nos últimos dias, por motivos que o qualificam, perfeitamente, para dialogar com o presidente eleito e, no momento, governador de São Paulo, Zé Alagão.

No dia do Natal, na CNBC, uma estação de cabo, da NBC, aparece Arnold como autor de uma obra que o dignifica.

Há duzentas mil – DUZENTAS MIL – crianças sem teto na Califórnia.

Crianças que dormem na rua, sem escola ou assistência médica.

São quase todos filhos de imigrantes ilegais, na maioria mexicanos.

Cujos pais, portanto, não votam.

Como não votam os nordestinos que moram em Paraisópolis ou na alagada Zona Leste.

No New York Times de 24 de dezembro, na página A12, há extensa reportagem sobre o esforço hercúleo que Arnold faz para não aplicar na Califórnia a reforma da saúde pública que Obama acaba de aprovar no Congresso.

A Califórnia, mostra o New York Times, é um estado falido, com um déficit projetado de US$ 20 bilhões.

E Arnold tenta fazer com que os velhinhos e os pobres imigrantes sejam excluídos da nova lei – o que acarretaria custos adicionais para o Estado da Califórnia.

Ou seja, é mais ou menos o que o Governo de São Paulo conseguiu.

Com a ajuda do virtuoso deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio e da coalizão “Michel Temer para vice” – leia a capa da Carta Capital desta semana – Zé Alagão tratou de discriminar os velhinhos dos precatórios.

Arnold e Zé Alagão usaram Copenhague para esconder o déficit e o alagão.

Os semelhantes se atraem.

Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para ver o diálogo de Zé Alagão e Schwarzenegger.

Nenhum comentário:

Postar um comentário