sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FHC É FAVORAVEL A CHAPA AÉCIO - SERRA




É indisfarçável o desejo dos jornais, particularmente a Folha, em favor da constituição de uma chapa Serra-Aécio. É o mesmo desejo de FHC, para dar mais chances ao retorno deles ao governo.
O DEM, em queda e marginalizado após o “pantonegate”, ficaria relegado a fornecer o horário eleitoral gratuito ao PSDB.
Aécio forneceria “credibilidade” ao discurso de continuidade do governo Lula, que na cara exclusiva de Serra, soaria uma zombaria aos eleitores. O mineiro acrescentaria uma parcela significativa do eleitorado do seu Estado.
FHC seria escondido durante o processo estelionatário, (ops) quero dizer eleitoral.
O DEM e o PSDB, ficariam no armário pois “o país não acredita em partidos e sim em pessoas” (dixit o sociólogo e democrata FHC).
Os eleitores seriam enganados de cabo a rabo, acordando para a realidade após o resultado, tendo sido sonegado deles qualquer debate de programa, balanços e propostas.
“Vote em nós”, o slogan do revanchismo, fantasiado de continuadores dos programas sociais do presidente Lula.
Só esqueceram de combinar com os russos. E de verificar se Aécio e o DEM aceitam o sacrifício e a imolação, ou preferem aguardar dias melhores.
O argumento decisivo serão as pesquisas, por isso a partir de agora a mídia começará a “testar” o cenário “puro-sangue” para tentar inflar a dupla (mesmo se Aécio disse que será candidato ao Senado por Minas). Tentarão enfiar o “puro-sangue”, achando que o povo brasileiro é “puro-burro”.
Se enganam.


O trio não é a santissima trinidade, mas tenta fazer milagre, transformando os tucanos em lulistas

Retirada da pré-candidatura de Aécio Neves abre caminho para formação de chapa com José Serra

FHC diz que Aécio ‘não fechou a porta’ a chapa com Serra

Ex-presidente afirma ser favorável à composição. Para ele, País não acredita mais em partidos, mas em pessoas


SÃO PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou ao Estado nesta sexta-feira, 18, ser “favorável” à chapa puro-sangue formada pelos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) para disputar a Presidência da República em 2010. “A minha opinião todo mundo conhece, é antiga nesta matéria. É favorável”, afirmou o ex-presidente.
FHC avalia também que Aécio “não fechou a porta” para a composição, mas diz que isso será conversado mais adiante. “O governador Aécio nega (que venha disputar a vice), mas não fechou a porta. Eu preciso conversar com ele porque eu não quero criar uma situação que dificulte”, afirmou o ex-presidente.
Após um ano de articulações, o governador de Minas anunciou, na quinta-feira, 17, que desistiu da candidatura a presidente da República. A decisão abriu caminho para que Aécio componha uma chapa única como vice de Serra.
Questionado se a chapa Serra-Aécio seria “imbatível”, Fernando Henrique disse: “Não sei se imbatível, mas o País não está mais acreditando em partidos. Chegamos a um ponto tal em que acreditamos em pessoas. Isso não implica em não ter alianças com outros partidos, mas os dois são muito expressivos.”
A avaliação mais comum no PSDB é que os dois governadores unidos representam uma chapa mais forte na disputa contra a candidata do governo federal, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Aécio, no entanto, diz que prefere disputar uma vaga ao Senado por Minas a entrar na corrida presidencial como vice.

PT vibra, e PSDB investirá na chapa Serra-Aécio


Petistas dizem que terão mais espaço em Minas e que polarização fica clara; aliados de tucanos buscam união.

BRASÍLIA e SÃO PAULO. Ao anunciar sua decisão de não disputar mais a Presidência da República, o governador de Minas, Aécio Neves, causou surpresas em setores da oposição ao governo Lula e comemorações quase generalizadas entre aliados da candidata do PT e do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff.
Preocupados com a possibilidade de que a saída de Aécio tire do PSDB os votos dos eleitores mineiros, aliados do governador José Serra (SP) começaram a pregar ontem a necessidade da chapa puro-sangue.
Eles deverão intensificar a pressão nos próximos dias para que o mineiro aceite ser vice na chapa.
Já os petistas vislumbram a possibilidade de a candidata Dilma ampliar suas alianças e crescer em Minas.
— A decisão de Aécio abre grande espaço para a nossa campanha em Minas, além de ampliar nosso potencial de aliança em favor da ministra Dilma.
Com o Serra candidato, a campanha agora fica com a cara do PSDB e do governo de Fernando Henrique. E tudo que queremos é comparar o nosso governo com o dele, e mostrar que fomos muita mais competentes — comemorou o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP).
Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), os petistas deveriam conter esse otimismo. Ele acredita que o gesto de Aécio o transforma no principal articulador da campanha de Serra: — Falta o Mercadante dizer isso para os 40% dos brasileiros que apoiam Serra e os 40% que rejeitam o nome de Dilma.
Aliados de Serra no Congresso evitaram muitas declarações, mas, nos bastidores, demonstraram apreensão com a recusa de Aécio de ser vice. Minas é o segundo colégio eleitoral do país, e os tucanos consideram que os votos do estado só irão para Serra se Aécio for o vice ou se se empenhar na campanha.
Mas ontem o mineiro não deu mostras disso.
“É tudo o que nós queríamos”, diz Dutra
Ainda assim, a primeira avaliação dos serristas é que o anúncio de Aécio foi positivo, pois consolidou definitivamente a candidatura de Serra.
— A chapa Serra-Aécio será muito forte. O vice será o resultado de um processo político, mas temos tempo para construir isso — disse o tucano Arnaldo Madeira (SP).
Para o PT, a tentativa de Serra de “camuflar”a candidatura, só se lançando em março, não vai mais funcionar.
— Serra não vai poder dizer que não é mais candidato. Foi uma surpresa, mas é tudo o que nós queríamos: essa polarização foi estabelecida. Pelo jeito, o Aécio resolveu dar um presente de Natal para o Serra — disse o presidente eleito do PT, o ex-senador José Eduardo Dutra.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, disse considerar que foi uma “jogada competente” de Aécio deixar Serra sozinho na disputa pela Presidência. Para Berzoini, o mineiro ainda não saiu do páreo: — Foi uma resposta de Aécio Neves a essa postura de Serra de ignorá-lo no processo interno.
Mas ele ainda não fechou a porta. Pode ser que, caso Serra desista da disputa, no ano que vem, sob muita insistência do PSDB, Aécio volte como candidato.
Isso o fortaleceria.
Para o petista, a desistência do mineiro força Serra a se posicionar como pré-candidato a presidente, o que tem evitado.
— Foi uma jogada competente de Aécio. Isso o coloca no centro da cena política, e agora ele está dando as cartas, porque Serra terá de se posicionar em seu partido — disse o petista, que não descarta a possibilidade de uma chapa puro-sangue tucana em 2010: — Aécio tem feito discurso sobre não haver essa possibilidade, mas é muito cedo para se descartar qualquer coisa.
Avisado previamente da decisão pelo próprio Aécio, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), não expressou grande entusiasmo com a definição do nome do candidato tucano, embora seu partido viesse cobrando isso.
Maia manifestara publicamente sua preferência por Aécio, por considerar que ele tinha mais capacidade de aglutinar forças políticas fora da oposição.
— Agora Serra é o candidato e vamos trabalhar para que suas chances de vitória aumentem — limitou-se a dizer Rodrigo Maia.
“O candidato da oposição está escolhido” Já o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), antecipou que o partido vai tentar indicar um vice para a chapa de Serra, já que Aécio não demonstra disposição: — O candidato da oposição está escolhido: é o governador José Serra. Até porque não há mais opção. Isso não é problema para o DEM, mas agora, como maior partido, o DEM terá a oportunidade de discutir a vaga de vice.
Para o presidente nacional do PPS, o ex-deputado Roberto Freire, agora só falta Aécio aceitar ser o vice: — Esse é o papel que o Brasil oposicionista espera dele.
Até porque isso é bom para o país e para Minas.
Avaliação feita pelo senador Renato Casagrande (ES), do PSB de Ciro Gomes, é que a desistência de Aécio ainda deixa sequelas no PSDB e favorece a candidatura de seu colega: — Quem deverá se beneficiar de forma imediata é o Ciro, pela boa relação que Aécio sempre teve com ele.


Postado por Luis Favre Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo Adriana Vasconcelos, Gerson Camarotti e Tatiana Farah – O GLOBO

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