

Ao dizer que os donos do poder se dispõem "a vender a alma para deixar as coisas como estão", Mino Carta não previu que a frase logo se aplicaria a ele.
Mino Carta perdeu de vez a compostura.Percebendo o iminente fracasso da conspiração midiática que a Carta Capital encabeçou para forçar a extradição de Cesare Battisti, a serviço (há quem insinue que seja a soldo...) dos interesses italianos, Mino arrancou a máscara, desandando a paparicar Gilmar Mendes.Por incrível que pareça, é isto mesmo: o vilão da Operação Satiagraha virou herói do Caso Battisti!Eis que a CartaCapital publicou um texto assinado pelo próprio Mino, O STF não é um clube recreativo, elogiando desmedidamente Gilmar Mendes e fazendo uma repulsiva autocrítica de suas diatribes anteriores contra o reacionaríssimo presidente do Supremo Tribunal Federal.Leiam e pasmem:
"CartaCapital já foi muito crítica em relação a certos comportamentos do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. Desta vez, louva-lhe a atuação no julgamento do Caso Battisti..."...o presidente do STF mostrou-se à altura do cargo..."Um ponto crucial do seu depoimento está na seguinte afirmação..."E por aí vai, tão louvaminhas que beira a pieguice.Até uma foto sorridente do bruto o Mino conseguiu encontrar, para exibir no índice da edição, no qual se anuncia que "Gilmar Mendes põe os pingos nos is sobre o caso Cesare Battisti".Enfim, Mino rasga seda para Gilmar Mendes na matéria inteira, ajudando-o a fazer lobby no sentido de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ceda aos ultimatos italianos e atacando covardemente a escritora Fred Vargas, com fuxicos de comadre e ironias pseudo-eruditas (como quando a qualifica de "Ninfa Egéria da campanha pró-Battisti").De quebra, dá uma força para o presidente do Supremo em mais uma ridícula tentativa de amedrontar Lula, erguendo novo espantalho ("Mendes introduz, porém, uma insinuação: se o ato final do presidente da República contrariar o tratado, ou for ilegal, a Itália poderá ingressar com nova ação no STF").Como qualificar a nova postura de Mino Carta? Creio que ele próprio já disse tudo, há pouco mais de um ano:"...qual seria a razão pela qual figuras como Gilmar Mendes, ou como Daniel Dantas, contam com o pronto amparo da mídia nativa. Arrisco-me a um palpite: antes de qualquer outro interesse eventualmente em jogo, trata-se talvez de exercer a proteção corporativa, pontual e inexorável entre aqueles que, de uma forma ou de outra, participam dos mesmos privilégios e os mantêm com a ferocidade necessária. Os donos do poder, dispostos a vender a alma para deixar as coisas como estão".A julgar pela guinada que Mino deu, Mefistófeles deve ser muito persuasivo.
Postado por Celso Lungaretti às 8:35 AM 0 comentários 05/12/2009
Marcadores: Cesare Battisti, Daniel Dantas, extradição, Gilmar Mendes, Mino Carta, Operação Satiagraha
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Mino Carta perdeu de vez a compostura.Percebendo o iminente fracasso da conspiração midiática que a Carta Capital encabeçou para forçar a extradição de Cesare Battisti, a serviço (há quem insinue que seja a soldo...) dos interesses italianos, Mino arrancou a máscara, desandando a paparicar Gilmar Mendes.Por incrível que pareça, é isto mesmo: o vilão da Operação Satiagraha virou herói do Caso Battisti!Eis que a CartaCapital publicou um texto assinado pelo próprio Mino, O STF não é um clube recreativo, elogiando desmedidamente Gilmar Mendes e fazendo uma repulsiva autocrítica de suas diatribes anteriores contra o reacionaríssimo presidente do Supremo Tribunal Federal.Leiam e pasmem:
"CartaCapital já foi muito crítica em relação a certos comportamentos do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. Desta vez, louva-lhe a atuação no julgamento do Caso Battisti..."...o presidente do STF mostrou-se à altura do cargo..."Um ponto crucial do seu depoimento está na seguinte afirmação..."E por aí vai, tão louvaminhas que beira a pieguice.Até uma foto sorridente do bruto o Mino conseguiu encontrar, para exibir no índice da edição, no qual se anuncia que "Gilmar Mendes põe os pingos nos is sobre o caso Cesare Battisti".Enfim, Mino rasga seda para Gilmar Mendes na matéria inteira, ajudando-o a fazer lobby no sentido de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ceda aos ultimatos italianos e atacando covardemente a escritora Fred Vargas, com fuxicos de comadre e ironias pseudo-eruditas (como quando a qualifica de "Ninfa Egéria da campanha pró-Battisti").De quebra, dá uma força para o presidente do Supremo em mais uma ridícula tentativa de amedrontar Lula, erguendo novo espantalho ("Mendes introduz, porém, uma insinuação: se o ato final do presidente da República contrariar o tratado, ou for ilegal, a Itália poderá ingressar com nova ação no STF").Como qualificar a nova postura de Mino Carta? Creio que ele próprio já disse tudo, há pouco mais de um ano:"...qual seria a razão pela qual figuras como Gilmar Mendes, ou como Daniel Dantas, contam com o pronto amparo da mídia nativa. Arrisco-me a um palpite: antes de qualquer outro interesse eventualmente em jogo, trata-se talvez de exercer a proteção corporativa, pontual e inexorável entre aqueles que, de uma forma ou de outra, participam dos mesmos privilégios e os mantêm com a ferocidade necessária. Os donos do poder, dispostos a vender a alma para deixar as coisas como estão".A julgar pela guinada que Mino deu, Mefistófeles deve ser muito persuasivo.
Postado por Celso Lungaretti às 8:35 AM 0 comentários 05/12/2009
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