segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A TORTURA: QUEM QUER A DEMOCRACIA?


Ryff: os comunistas franceses foram combatentes da liberdade. E aqui ?
“O direito de rebelar-se contra a opressão e a supressão das liberdades é universal e sagrado. Esses jovens, caso fossem vitoriosos, implantariam uma ditadura ainda mais cruel e desumana do que a do regime militar ? É, também, possível. Mas esse tipo de especulação histórica contrafactual não servirá apenas para justificar os excessos de uma ditadura que durou vinte anos e que, vê-se hoje, com nitidez, atrasou o progresso do país por várias décadas ? Na França ocupada pelos nazistas, legiões de comunistas engrossaram as fileiras da resistência na luta contra o invasor. Mesmo sendo comunistas, eram, naquelas circunstâncias históricas, combatentes da liberdade. A História os reconhece como tal.”
“Pouco me interessa remoer o passado. Preocupa-me o futuro. O que devemos fazer para evitar que volte a se instalar no país qualquer forma de ditadura ou de supressão das liberdades, ainda que legalmente camuflada ? Não creio que o decreto do Presidente Lula (o PNDH3 – PHA), no capítulo da anistia, seja o meio apropriado para se alcançar esse objetivo. Mas com todas as imperfeições, não deveria servir de pretexto para se procurar nublar a memória histórica e confundir a consciência política nacional. Essas são, com certeza, iniciativas contrárias ao intento de se implantar uma democracia estável em nosso país.”
Esse é o trecho final do artigo “Resgate”, da pág. 7 (*), de O Globo.
O autor é o respeitado economista Tito Ryff, que viveu em Paris, num exílio amargo, ao lado do pai, Raul Ryff, assessor de imprensa do grande presidente João Goulart. Tito, além do mais, escreve bem, como se vê acima. E é excelente contista: “Contos suavemente eróticos” e “Meu duelo com Sofio”.
Clique aqui para ler “Fernando Henrique defende os torturadores” e a resistência na França ao invasor nazista.
(*) Ao chegar à página 7 do Globo, amigo navegante, manipule-a de preferência com luvas. No alto, no ponto nobre da página, está o colonista (**) Paulo Guedes, que se credencia como “liberal-democrata” e foi, em 1989, coordenador do programa econômico do candidato à presidência Guilherme Afif Domingues. Afif não chegou lá, como se sabe. Contentou-se com o Ministério do Trabalho (sic) do Governo José Serra, em São Paulo.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG
(***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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