quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

BRASILEIROS MORTOS NO HAITI



O Exército brasileiro divulgou na tarde desta quarta-feira um novo balanço no qual informa que onze militares brasileiros morreram no terremoto de sete graus de magnitude que devastou Porto Príncipe, a capital do Haiti, na véspera.
Outros sete militares estão feridos e outros sete continuam desaparecidos, segundo comunicado do Exército.

Há ainda mais uma vítima brasileira, a médica filantropa Zilda Arns.






Os militares mortos foram identificados como o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º Sargento Davi Ramos de Lima, o 2º Sargento Leonardo de Castro Carvalho, o cabo Douglas Pedrotti Neckel, o cabo Washington Luis de Souza Seraphin o soldado Tiago Anaya Detimermani, e o coronel Emílio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília.
Stefano Zannini/AP
Dezenas de feridos pelo terremoto de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti esperam atendimento
Há ainda as quatro vítimas já confirmadas mais cedo --o soldado Antonio José Anacleto, do 5º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena-SP, o cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior e o soldado Kleber da Silva Santos, ambos do 2º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Santos (SP) e o subtenente Raniel Batista de Camargos, do 37º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lins (SP).
O Exército informou ainda que quatro militares que estavam no quartel das Forças de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, a Minustah, localizado no Hotel Cristopher, estão desaparecidos. Outros três militares estão sob os escombros do Ponto Forte 22, um sobrado de três andares, próximo ao bairro Cite Soleil, que desabou completamente.
Há ainda sete militares feridos que estão sendo tratados no Hospital da Minustah, gerenciado pelas forças argentinas da missão de paz.
Alguns militares brasileiros foram retirados para a vizinha República Dominicana.
O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército. Os militares já tiveram participação no socorro às vítimas dos furacões de 2004 e de 2008, que atingiram o Haiti.
A força foi trazida ao país depois de uma sangrenta rebelião em 2004, que seguiu décadas de violência e pobreza. A missão é liderada pelas tropas brasileiras.

Mais vítimas
A lista de vítimas brasileiras inclui ainda a fundadora da Pastoral da Criança Zilda Arns. Ela estava no Haiti para uma missão humanitária e morreu durante o terremoto.
Médica pediatra e sanitarista, Arns, 75, fundou e coordena a Pastoral da Criança no Brasil, órgão de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Três soldados jordanianos da missão de paz da ONU também morreram no terremoto e outros 21 que ficaram feridos.
Eles foram identificados por uma fonte militar, citada pela agência de notícias France Presse, como os majores Atta Issa Hussein e Ashraf Ali Jayus e o cabo Raed Faraj Kal-Khawaldeh. A mesma fonte afirmou que nenhum dos 21 feridos corre risco de morte.

A imprensa estatal chinesa informou que pelo menos oito soldados chineses foram soterrados, e que outros dez estão desaparecidos.

A Cruz Vermelha anunciou ainda, em comunicado, que 59 de seus funcionários locais ainda estão desaparecidos. Os nove funcionários internacionais do grupo estão seguros.

Jornalistas da agência Associated Press descrevem danos graves e generalizados pelas ruas, onde sangue e corpos podem ser vistos.

Segundo a agência, dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. A rede de TV CNN informou que possui imagens de mortos pelas ruas da capital haitiana, mas que são muito fortes para exibição.

Editoria de Arte/Folha Imagem

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