sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

TRAGÉDIA ANUNCIADA


















































































Tartarugas do Pacífico são vítimas da caça, do roubo de ovos e do aquecimento global

As tartarugas existem no planeta há mais de cem milhões de anos, mas, se depender da ação predatória e poluidora da humanidade, elas estão com os dias contados.

Em Playa Junquillal, jovens recebem US$ 2 por noite para colher ovos recém-postos e movê-los para uma incubadora (Foto: Ruth Fremson/The New York Times)
É uma cena de partir o coração. De um lado, uma tartaruga e seus ovos. Do outro, uma pessoa com um cesto colhe os ovos do animal como fosse um direito divino roubá-los para chupá-los crus. Esse é um hábito antigo da Costa Rica e outras partes do Caribe e que hoje é proibido. Comer tartarugas também é proibido. Até a década de 1980, a maioria dos países permitia capturar tartarugas e seus ovos, mas nos anos 1990 a evidência de que a espécie estava desaparecendo levou os governos a proibir leis com essa atividade. Porém, o crime contra as tartarugas continua acontecendo.

Mulher retira ovos que foram postos pela tartaruga para vender no comércio.
Mas não é só isso. Segundo o New York Times, desenvolvimento sem planejamento, temperaturas mais altas e oceanos mais elevados têm diminuido a população de tartarugas do Pacífico. As tartarugas marinhas são sensíveis aos efeitos do aquecimento. Elas se alimentam dos arrecifes, que estão morrendo nos mares mais quentes e acídicos. Elas põem seus ovos em praias que estão sendo inundadas pelos oceanos que se elevam e tempestades violentas.

Centenas de pessoas roubam os ovos de tartarugas na Costa Rica
Mundialmente, existem sete espécies de tartarugas marinhas, e todas são consideradas ameaçadas, com exceção das que existem no Atlântico, que se beneficiaram de medidas que proibem armadilhas e a venda de produtos derivados.
Em praias do Caribe, movimentos isolados tentam salvar as tartarugas, como é o caso dos rapazes na Playa Junquillal, na Costa Rica. Conhecidos como baulas, eles patrulham as praias com bastões de baseball e são idolatrados pelos mais jovens.
O biólogo Gabriel Francia é quem supervisiona os baulas, que ajudam as tartarugas a ir para a água quando elas desovam aos 40 ou 60 dias, dependendo da espécie. Francia compara o trabalho dos meninos com uma operação cesariana complicada, operação esta agravada pelo fato de que muitos desse animais que escaparam aos caçadores de ovos serão caçados ou mortos em redes de pesca predatória ou vitimados pelo aquecimento global também causado pela ação humana.

om informações do New York Times

06 de janeiro de 2010Por Lobo Pasolini (da Redação)

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