terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ISSO É UMA VERGONHA . BORIS FASCISTA CASOY LIDER DO CCC - COMANDO DE CAÇA AOS COMUNISTAS

DEBATE ABERTO

Sobre garis e democracia

Pouco depois de revelar o seu verdadeiro caráter em público, referindo-se preconceituosamente aos garis na passagem do ano, o apresentador de TV Boris Casoy volta à carga. Como se nada tivesse acontecido retorna com informações truncadas, nitidamente partidarizadas.
Laurindo Lalo Leal Filho

Na primeira terça-feira deste ano, dia 5, ao apresentar o Jornal da Band leu, entre uma e outra notícia sobre enchentes e nevascas, a seguinte “nota pelada” (no jargão do telejornalismo trata-se de um texto sem imagens de cobertura):“Quando voltar do seu descanso o presidente Lula tem um tremendo abacaxi pela frente. É decidir o Plano Nacional de Direitos Humanos, cujo o texto que pode permitir o fim da anistia fez com que os chefes das Forças Armadas e o ministro Jobim da Defesa pusessem seus cargos a disposição.

Lula prometeu rever o texto, mas a coisa complicou - e muito - hoje com a revelação de que os militares da FAB preferem que o governo compre os caças suecos em vez dos franceses, preferidos por Lula, que inadvertidamente até anunciou a compra dos caças franceses. Há quem veja nessa escolha da FAB uma reação ao caso da anistia”.A nota estabelece relação entre dois assuntos usando para conectá-los a frase “Há quem veja nessa escolha da FAB uma reação ao caso da anistia”. Sem dúvida um primor de anti-jornalismo. Para dizer o que pensa, o autor do texto esconde-se atrás do “há quem veja”, sem coragem para dizer que quem vê essa relação é ele mesmo e os demais interessados em criar algum tipo de intriga na esperança, sempre presente, de desgastar o governo.

Sobre essa ilação tendenciosa vale ler o artigo de Janio de Freitas na Folha de 7/1. Diz ele “As conclusões da FAB sobre os três concorrentes nada têm a ver com o impasse, entre os comandantes militares e Lula, em torno do Plano Nacional dos Direitos Humanos e sua pretendida Comissão da Verdade. A FAB apenas recusou-se a não fazer o seu papel e o fez”. Ou seja a Força Aérea Brasileira simplesmente fez uma análise comparativa das ofertas de aviões franceses, suecos e estadounidenses. E mais, para dar um jeito de criar a intriga, Boris Casoy diz que o presidente Lula “inadvertidamente até anunciou a compra dos caças franceses”. Veja o que diz Janio de Freitas: “Lula não disse querer ou haver decidido comprar o Rafale . O que comunicou de público, a propósito da conversa com o presidente francês em Brasília, por ocasião do Sete de Setembro do ano passado foi ‘a decisão de abrir negociações para a compra do Rafale’. As negociações nunca passaram de negociações”. E nelas cabem consultas a outros fornecedores interessados, como a FAB fez. Mas para Casoy nada disso interessa. O que ele quer é mostrar ao público a existência de um conflito entre a presidência da República e as Forças Armadas, talvez saudoso de 1964.Mas as incorreções do texto lido no Jornal da Band não ficam por aí. Lá foi dito que o Plano Nacional de Direitos Humanos “pode permitir o fim da anistia”, o que não é verdade. O Programa Nacional dos Direitos Humanos não prevê a revogação da Lei da Anistia. “A proposta é da criação de uma Comissão da Verdade que, dependendo dos poderes atribuídos a ela, em tese poderia sugerir à Justiça a investigação e indiciamento de agentes públicos acusados de tortura, por exemplo. Mas antes seria preciso esperar a decisão do STF sobre o alcance da Lei de Anistia de 1979 e a decisão do Congresso efetivamente criando a Comissão da Verdade e dando a ela poderes reais de investigação”, como lembra o jornalista Luiz Carlos Azenha em seu blog.

Boris Casoy passou longe disso tudo. Ligeiro, aparentemente despretensioso, o texto colocado no meio do jornal, tinha como objetivo dar munição à direita na sua tentativa desesperada de conseguir abalar, de qualquer forma, a solidez popular do governo Lula. São gotas de desinformação e de tendenciosidade oferecidas diariamente ao público por esse e por outros telejornais. Mesmo não surtindo efeito imediato sobre o governo, como mostram todas as pesquisas, trata-se de um tipo de jornalismo empobrecedor, que reduz a possibilidade de uma circulação mais ampla de idéias e opiniões. Ilude e desinforma o telespectador, comprometendo de forma grave o processo de aprofundamento da democracia brasileira.

Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

GRAÇAS AO BOM TRABALHO DO BLOGUE "CLOACA NEWS" E A INFORMAÇÕES QUE O COMPANHEIRO RAUL LONGO ME PASSOU, PUDE APROFUNDAR BEM A PASSAGEM REFERENTE AO CCC, EM MEU ARTIGO DESTINO ACERTA CONTAS COM BORIS CASOY, QUE ACABO DE ATUALIZAR. FICOU ASSIM:

UM JUDEU COM A SUÁSTICA DO CCC


Casoy é elitista, racista, conservador e reacionário desde muito cedo.Um velho companheiro que com ele cursou Direito no Mackenzie me contou: aos 23 anos, Casoy já era um dos líderes da ala jovem do Comando de Caça aos Comunistas, que tinha nessa faculdade um de seus focos principais.Para quem não sabe, o CCC foi uma organização terrorista de ultradireita que, depois de integrar o esquema golpista que derrubou o governo legítimo de João Goulart, atuou como força auxiliar da ditadura, sem vínculo formal com o regime militar, mas praticando impunemente as maiores barbaridades:

a vandalização do teatro Ruth Escobar e o espancamento dos atores da peça Roda Viva;

a explosão da bomba no Teatro Opinião do RJ;

o seqüestro e assassinato do padre Antonio Pereira Neto, no Recife;

o assassinato de um secundarista na chamada “guerra da rua Maria Antônia”;

a invasão da PUC/SP, com o apoio da Polícia Militar, etc.

Em novembro de 1968, Casoy chegou a ser citado em reportagem da revista Cruzeiro (
O comando do terror) como um dos principais membros do CCC.

Eis o trecho:

"Boris Cazoy ou Kassoy estuda Direito. Locutor da Rádio Eldorado.

Conclamou os alunos do Mackenzie a tomar a USP, de cuja invasão participou.

Anda armado mas, segundo os colegas, é incapaz de atirar em alguém.

Mora na Rua Itapeva. Acham-no mole com os comunistas".

O jornalista, escritor e poeta Raul Longo fez a gentileza de me enviar dados complementares, segundo os quais o CCC também adotava como símbolo a suástica -- detalhe que tornou Casoy, de origem judaica, malvisto no clube A Hebraica.

Ainda de acordo com Longo, alguns frequentadores do clube chegaram a xingar Casoy de "nazista", sendo depois emboscados e espancados, sem que se identificassem os agressores.

A quartelada beneficiou Casoy, claro: foi homem de imprensa de um ministro do Governo Médici e do secretário da Agricultura de SP, Herbert Levy, outra figurinha carimbada da direita.




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