quarta-feira, 3 de março de 2010

CINCO HERÓIS CUBANOS


René González Sehwerert
Herói da República de Cuba

Nasceu em Chicago, Estados Unidos, o dia 13 de agosto de 1956, no seio de uma família cubana de procedência obreira que tinha emigrado para esse país.

Seu pai, Cándido René González Castillo, era trabalhador siderúrgico em Indiana, nos Estados Unidos, enquanto sua mãe, Irma Teodora Sehwerert Mileham, dedicava-se aos afazeres domésticos. Ambos tinham cooperado com o Movimento revolucionário 26 de Julho que em Cuba se enfrentava à ditadura do Fulgencio Batista

O dia 2 de outubro de 1961 seus pais decidem regressar e estabelecer-se definitivamente na Ilha, em companhia de seus dois filhos, incorporando-se de imediato a família à construção da nova sociedade.

Desde pequeno René refletia caráter forte e nobres sentimentos; tinha inclinação pela mecânica. Com resultados satisfatórios cursou todos os níveis de ensino, onde se destacou nas atividades desportivas e sociais.

Em 1974 se apresentou voluntariamente ao Serviço Militar General, pese a que sua condição de estrangeiro lhe possibilitava ficar livre dessa responsabilidade. Três anos depois cumpre também de maneira voluntária, como milhares de cubanos, missão militar em Angola, onde foi designado chefe do claustro de professores que davam classes a soldados e a oficiais para elevar seu nível cultural.

Entre 1979 e 1982 realiza estudos na escola de aviação "Carlos Ulloa", em San Julián, na ocidental província de Pinhal do Rio, e depois de graduado serviu de professor na formação de pilotos da Força Aérea Cubana.

Em 1985 é designado chefe da esquadrilha aérea da base de San Nicolás de Bari, na Havana, e chefe da seção de aeronáutica desportiva.

No final do ano 1990 parte para os Estados Unidos.

Em Miami consegue ter acesso a diferentes organizações contra-revolucionarias que utilizam o território norte-americano para organizar e realizar ações terroristas e provocações constantes contra Cuba, com o propósito de desatar uma confrontação militar entre a Ilha e os Estados Unidos.

Sua vida nessa nação se desenvolveu sob condições de austeridade e sacrifício, tendo como única fonte de rendimento pessoal seu trabalho como instrutor de pilotos.

O dia 12 de setembro de l998 René González e outros quatro compatriotas foram detidos pelo Bureau Federal de Investigações de Estados Unidos.

A acusação formal não se produziu até quatro dias depois.

Durante 17 meses e 48 dias se lhes manteve em confinamento solitário, sendo impossível manter uma comunicação adequada com os advogados para preparar a defesa com as garantias mínimas do devido processo.

Foi condenado em Miami, berço da extrema direita cubano-americana, a 15 anos de privação de liberdade pelo suposto delito de ser agente estrangeiro não declarado. Foi enviado primeiro à prisão de máxima segurança em Loreto, estado da Pennsylvania, e recentemente transladado à da Carolina do Sul.

Sua esposa, Olga Salanueva Arango, é engenheira industrial. Em janeiro de 1997 viajou a Estados Unidos para unir-se a seu esposo, acompanhada de sua filha maior Irma González Salanueva. Em 1998, poucos meses antes de ser detido René, nasceu em território norte-americano a menor de suas filhas, Ivette González Salanueva.

A raiz da detenção do René e do resto dos colegas começou um processo de ameaças e pressões psicológicas e econômicas para a Olga e a suas filhas, com o objetivo de que traísse a seu esposo e a sua pátria.

O dia 16 de setembro do 2000 a Olga foi detida no cárcere estatal em Fort Lauderdale, Florida, ficando a pequena Ivette sob a tutela da bisabo de René, em Zarazotta.

Em novembro do 2000 a deportaram a Cuba e não lhe autorizaram viajar com sua filha menor.

No caso de René González se violam a quinta e sexta Emendas da Constituição de Estados Unidos, referentes ao devido processo legal e a gozar do direito de um juízo rápido e por um júri imparcial.

Ademais se violam outras regras do Tratamento dos Reclusos , da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o artigo 10 da Convenção sobre os Direitos do Menino, por ter impedido comunicação pessoal com sua pequena filha Ivette, que só contava quatro meses de nascida quando o René foi detido.

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