quinta-feira, 4 de março de 2010

TERRORISTA LUIS POSADA CARRILES


Luis Posada Carriles (Cienfuegos, 15 de Fevereiro de 1928) é um terrorista cubano, nacionalizado venezuelano, que cometeu vários ataques violentos contra o povo cubano, incluindo bombas em vários hotéis e a explosão de um avião da linha aérea Cubana de Aviação que voava entre Venezuela e Cuba, resultando em 73 pessoas mortas. Tais atos lhe renderam o apelido de Bin Laden da América Latina. Em Abril de 2005, Posada foi notícia por sua tentativa de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, sua detenção e o pedido de extradição que fizeram os governos de Venezuela e Cuba.

Pousada foi treinado pelo exército estadunidense, nos anos 1960. Documentos desclassificados o governo desse país, mostram que também era um agente da CIA entre 1960 e 1976. Juntamente com Orlando Bosch foi acusado e encontrado inocente como suposto partícipe na explosão de um avião de uma linha aérea comercial cubana que voava sobre Barbados em 1976, e no qual viajavam 73 pessoas que morreram. Foi encarcerado na Venezuela enquanto esperava juízo por esses mesmos cargos, mas escapou da prisão. Supostamente, Pousada passou a suprir armas aos contras que trabalhavam em Nicarágua com o apoio da CIA. Pousada é um fugitivo internacional desde principios dos anos 1980.

Em 2000, Posada foi condenado por participar junto a Gaspar Jiménez, Pedro Remón e Guillermo Novo Sampol numa conspiração para assassinar Fidel Castro durante um encontro internacional no Panamá. Os quatro foram perdoados pela presidenta panamenha, Mireya Moscoso, nos últimos dias de seu governo. Jiménez, Remón e Novo foram depois admitidos nos Estados Unidos.

A 13 de Abril de 2005, Pousada pediu asilo político nos Estados Unidos através de seu advogado. Tinha entrado nesse país de forma ilegal, através da fronteira mexicana. A 3 de Maio, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela aprovou um pedido de extradição por Posada. Esse mesmo dia o Secretário Assistente do Departamento de Estado Norte-americano, Roger Noriega, assegurava que Posada não estava nos Estados Unidos, e que quiçá os cargos em seu contra tinha sido inventados. No entanto, os documentos liberados pela CIA e o FBI mostram suas suspeitas por sua relação com a explosão do avião cubano a poucos dias depois de ter ocorrido.

Em 17 de Maio, o Miami Herald levou a cabo uma entrevista com Posada na Flórida. Nesse mesmo dia foi detido. Posada tinha reiterado sua solicitação de asilo e estava tentando sair ilegalmente do país.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ante a suspeita de que Posada não seja extraditado pelos Estados Unidos, ameaçou com fechar a embaixada nesse país. Em Cuba se organizaram marchas de protesto pela detenção e sua possível não-extradição. Estes temores se baseiam em parte nas más relações que têm ambos países com o governo dos Estados Unidos. Por sua vez o governo dos EUA mostrou sua preocupação por extraditá-lo a Venezuela e que depois seja deportado a Cuba, acusação que o governo de Chávez desvalorizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário