
O Ministério Público Federal acusa um Senador da República eleito por São Paulo e o deputado
federal mais votado em São Paulo de acobertar cadáveres de militantes políticos no do regime
militar (*).
O deputado federal mais votado de São Paulo, um herói de São Paulo, portanto, é suspeito –
segundo a denúncia do MPF-SP –
de tentar construir um crematório como os de Auschwitz para adversários políticos.
Entre este deputado federal mais votado de São Paulo e a Folha (**) havia e há uma relação
carnal:
“seu” Frias (***), que cedia os carros de reportagem da Folha (**) aos torturadores, era amigo
íntimo do deputado.
O resultado dessa aliança escrita em pedra é que a Folha (**) ocultou a notícia da decisão
histórica do MPF-SP e seus procuradores Eugênia Fávero e Marlon Weichert.
A Folha (**) ocultou em minúscula nota na pág. A13, embaixo da manchete da página “Câmara
se prepara para livrar acusados”.
Se depender do PiG (****), o Brasil não reproduzirá a Argentina: punir os torturadores do
regime militar.
Como se sabe, o Pig (****) pediu a intervenção militar para derrubar um presidente eleito
segundo as regras da Constituição, a recebeu com vivas !, com ela conviveu e dela se beneficiou
(a Globo foi quem mais se beneficiou).
O PiG (****) é cúmplice.
A Folha (**), mais do que os outros.
(Não deixe de ler “Cães de Guarda – jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988”, de
Beatriz Kushner, da Boitempo Editorial)
Em tempo: O Globo, como o jornal nacional, ocultou a notícia na página 10, abaixo da manchete
“Uso de avião da FAB segue critério de costume”.
Paulo Henrique Amorim
(*) O Conversa Afiada evita a expressão “ditadura”. No Brasil, um país singular, a expressão
“ditadura” foi amplamente usada para transformar dois ditadores, Geisel e Golbery, em Heróis
da Pátria.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso,
Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele
achou da investigação; da “ditabranda”; do câncer do Fidel; da ficha falsa da Dilma; de Aécio vice
de Serra; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu
um filho; e que, nos anos militares, emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) “Seu Frias”, fundador da Folha, dá nome à ponte estaiada (?) que os paulistas pensam que
é bonita. O autor da façanha foi o Zé Pedágio. Logo adiante, fica a Avenida Jornalista Roberto
Marinho, que recebeu esse nome por decisão da prefeita Martha Suplicy. O interessante nessa
homenagem a Roberto Marinho é que Paulo Maluf transformou sua construção na obra pública
mais cara do Planeta, abaixo, apenas, do custo da construção dos Jardins Suspensos da Babilônia.
(****)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade
técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no
Brasil.
Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa
Golpista.
27/novembro/2009 9:57O
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