O ex-ativista italiano Cesare Battisti encerrou no fim da tarde desta segunda-feira sua greve de
fome, que completava hoje dez dias.
Segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que visitou o italiano na penitenciária da Papuda,
em Brasília, Battisti interrompeu o protesto contra sua possível extradição "em confiança ao
presidente Lula", que dará a palavra final sobre o caso.
Battisti, ex-ativista do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão
perpétua na Itália em 1983 por supostamente ter coordenado o assassinato de quatro pessoas
entre 1977 e 1979. Ele foi preso em março de 2007 no Rio de Janeiro e o governo italiano pediu
sua extradição em maio do mesmo ano.
Sob o argumento de "fundado temor de perseguição", o ministro da Justiça, Tarso Genro,
concedeu status de refugiado político ao italiano em janeiro, contrariando parecer do Comitê
Nacional para os Refugiados (Conare).
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti por maioria, mas deixou a
palavra final para o presidente Lula.
Suplicy disse que Battisti comeu apenas uma pera, devido ao longo período sem alimentação.
O senador e o advogado do ex-ativista já haviam pedido para que Cesare Battisti encerrasse a
greve de fome. "Tínhamos pedido a ele para encerrar a greve de fome.
Em um gesto de confiança ao presidente da República, e para deixar o presidente tranquilo, ele
resolveu interromper", disse Suplicy, que levou uma carta da escritora francesa Fred Vargas
para Battisti.
Na última sexta-feira, Lula afirmou que a greve de fome era um ato de "desespero ou
ignorância".
Apesar da greve de fome, um boletim informou nesta tarde que Battisti está com os sinais vitais
normais.
O médico José Souza Flávio, que assina o documento, não autorizou que o ex-ativista fosse para
o Rio de Janeiro participar de uma audiência judicial, por causa de seu estado frágil.
Battisti responde a um processo por falsidade ideológica.
Na prática, o processo no Rio de Janeiro pode atrasar o processo de extradição. A legislação
brasileira proíbe a extradição de pessoas que respondam a processos no País.
Battisti é acusado de ter entrado no Brasil com documentos falsos.
Battisti encerra greve de fome após 10 dias, diz Suplicy
23 de novembro de 2009 • 21h07 • atualizado às 23h56
Fernando Diniz
fome, que completava hoje dez dias.
Segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que visitou o italiano na penitenciária da Papuda,
em Brasília, Battisti interrompeu o protesto contra sua possível extradição "em confiança ao
presidente Lula", que dará a palavra final sobre o caso.
Battisti, ex-ativista do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão
perpétua na Itália em 1983 por supostamente ter coordenado o assassinato de quatro pessoas
entre 1977 e 1979. Ele foi preso em março de 2007 no Rio de Janeiro e o governo italiano pediu
sua extradição em maio do mesmo ano.
Sob o argumento de "fundado temor de perseguição", o ministro da Justiça, Tarso Genro,
concedeu status de refugiado político ao italiano em janeiro, contrariando parecer do Comitê
Nacional para os Refugiados (Conare).
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti por maioria, mas deixou a
palavra final para o presidente Lula.
Suplicy disse que Battisti comeu apenas uma pera, devido ao longo período sem alimentação.
O senador e o advogado do ex-ativista já haviam pedido para que Cesare Battisti encerrasse a
greve de fome. "Tínhamos pedido a ele para encerrar a greve de fome.
Em um gesto de confiança ao presidente da República, e para deixar o presidente tranquilo, ele
resolveu interromper", disse Suplicy, que levou uma carta da escritora francesa Fred Vargas
para Battisti.
Na última sexta-feira, Lula afirmou que a greve de fome era um ato de "desespero ou
ignorância".
Apesar da greve de fome, um boletim informou nesta tarde que Battisti está com os sinais vitais
normais.
O médico José Souza Flávio, que assina o documento, não autorizou que o ex-ativista fosse para
o Rio de Janeiro participar de uma audiência judicial, por causa de seu estado frágil.
Battisti responde a um processo por falsidade ideológica.
Na prática, o processo no Rio de Janeiro pode atrasar o processo de extradição. A legislação
brasileira proíbe a extradição de pessoas que respondam a processos no País.
Battisti é acusado de ter entrado no Brasil com documentos falsos.
Battisti encerra greve de fome após 10 dias, diz Suplicy
23 de novembro de 2009 • 21h07 • atualizado às 23h56
Fernando Diniz
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