segunda-feira, 16 de novembro de 2009

LIVRO SOBRE AP - AÇÃO POPULAR

APRESENTAÇÃO COM EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS E FORMA DE CONTRIBUIÇÃO

Caros parentes e amigos,

Só para relembrar a aqueles, com os quais ficamos mais distantes no tempo, vou me reapresentar (e também para quem não me conhece): Sou Eurico Ferreira de Sá Filho, com muito orgulho de ser irmão de JAIR FERREIRA DE SÁ, um dos fundadores e dirigente da AP – AÇÃO POPULAR, organização que resistiu e confrontou à ditadura durante todo período do regime de exceção e até após a Lei da Anistia, Nr. 6.683 de 28/08/1979, pois o aparelho repressor ficou montado, e atuando, durante muitos anos.

O Jair foi monitorado até 1983, para terem uma idéia. A nossa democracia é recente, frágil e ainda precisa ser aprofundada e consolidada. Mas a verdade é que:

A AP VENCEU A DITADURA!

Ou seja: politicamente, a AP, que estou destacando por conhecer melhor, mais o conjunto da resistência dos brasileiros venceram a ditadura militar, pois forçaram a abertura política.

Quantas músicas com belas melodias e letras bem elaboradas, peças de teatro, filmes, movimentos sociais e trabalhos populares, etc., venceram a “CENSURA”. Vou citar uma música, de um ícone, como símbolo: “APESAR DE VOCÊ” do Chico Buarque de Holanda que, entre tantas outras obras de arte e trabalhos na área de educação, etc., foram importantes naqueles difíceis momentos.

De nada adiantou o poder total nas mãos, o exílio forçado, as prisões arbitrárias e “desaparecimentos políticos”, as torturas e mortes de centenas e centenas de brasileiros.

Nem o conluio de outros países como a operação Condor, no Cone Sul, ou com países da Europa onde o simples passar de um passaporte brasileiro em um aeroporto era comunicação imediata para CIA e daí para os Órgãos de Repressão no Brasil. E também o conluio de empresas no Brasil, pois uma simples ficha de Pedido de Emprego preenchida no DP - Dept. Pessoal (acho que naquele tempo ainda não tinha RH) era imediatamente repassada aos “Órgãos de Informações” para aprovação prévia.

E essa história ainda não foi contada direito. Quem se propôs a fazê-lo, o jornalista OTTO JOSÉ MATTOS FILGUEIRAS, está passando por sérias dificuldades.

O Otto tem um sonho de concluir um livro sobre a AP e Jair. Em 2001 iniciou esta dura empreitada, com a ajuda de nossa família, mas aqui cabe um esclarecimento:

Os “Ferreira de Sá” têm a felicidade de sua origem humilde, continuarem simples ao longo da vida, mas lutando sempre porque herdaram dos pais A FORÇA DO CARÁTER. Éramos quatorze irmãos, originalmente, sendo sete homens e sete mulheres, sendo que duas delas morreram ainda pequenas. Temos, como em toda família alguns esteios, principalmente os irmãos mais velhos que ajudaram a criar os menores. Quando meu pai faleceu, em 1958, eu tinha 11 anos de idade. O nome desses esteios, lá em Minas, é chamado de PÉ DE BOI. E temos alguns que se revezam nas áreas em que um pode atuar e ora outro ocupa o espaço. Jair foi um desses esteios até se engajar na luta pela construção da AP, em 1962/63.

Depois, na época da clandestinidade do Jair, os PÉS DE BOIS foram outros.

Era dura e sofrida para nós a sua ausência, mas internamente, às vezes até sem essa consciência clara com que vejo hoje, fomos atuando para que o Jair cumprisse seu ideal e nós cuidávamos da retaguarda familiar. Cada hora um PÉ DE BOI aparece mais que o outro e nessa história sempre houve uma atuação marcante de um PÉ DE BOI MAIOR que, este sim, pela sua inteligência, compreendeu, em tempo real, que era preciso ajudar o JAIR, suprindo sua ausência física no seio familiar, para que ele seguisse sua marcha, como ocorreu.

O Jair ficou 15 (quinze) anos na clandestinidade. De 1964 a 1979.

Já em 12 de julho de 1964, foi emitido o PEDIDO DE PRISÃO-INFORMAÇÃO nr. 002, específico para JAIR FERREIRA DE SÁ, solicitando para “prender e/ou informar”, ou seja: para que o Jair fosse procurado (a palavra certa é “caçado”) em todo território nacional. O mesmo PEDIDO, com a mesma finalidade, porém de nr. 001 foi específico para HERBERT JOSÉ DE SOUZA – O BETINHO, o irmão do HENFIL.

O documento foi assinado por um Capitão-de-Mar-e-Guerra, Diretor do CENTRO DE INFORMAÇÕES DA MARINHA - ESTADO-MAIOR DA ARMADA - MINISTÉRIO DA MARINHA e dirigido à:

“Às Autoridades Civis e Militares da União”,
(e foi repassado para todas as Secretarias de Segurança Pública no País, todos DEOPS, todas as delegacias, aos órgãos militares, etc., etc. e etc.). Parte do conteúdo era:

“Solicitamos prender e/ou informar à este CENIMAR todo e qualquer detalhe que leve ao paradeiro do indivíduo abaixo mencionado, enquadrado na Lei de Segurança Nacional, bem como o que se lhe possa constar sobre o mesmo:”
Detalhava tudo:
“... Antecedentes políticos: Militante da Ação Popular (membro do Secretariado Nacional), ex-membro do Movimento Revolucionário Tiradentes (do Julião), ligado ao PC e atua no ambiente de Ligas Camponesas, etc.
...Características: Gênio habitualmente alegre, bastante sociável, etc, ...”
.... descrevia até o jeito de andar do Jair.

Não vou contar a história toda do envolvimento da nossa família, mas só alguns episódios para, com emoção, relembrar aspectos e tentar esclarecer um pouco mais o nosso passado.

Talvez três episódios apenas sejam suficientes: um no início, um no meio e outro no fim da clandestinidade.

Nossa casa, após 31/03/1964 e quiçá até antes, foi permanentemente vigiada. Nossa querida mãe sofrendo com o filho ausente e ainda tendo constrangimentos com os permanentes olheiros e estocadas do DEOPS e assemelhados (em BH, pelo que me lembro, o povo chamava este Órgão de DOPS). Mais tarde haveria disputa entre órgãos de repressão para ver quem pegava mais subversivos (ou quem seria mais cruel, não sei!). O clima de “deduragem” então, nem é bom lembrar....

1) Certa vez fui procurado por uma pessoa para que entrasse em contato com um advogado chamado AFONSO CRUZ (grande figura: um lutador, também idealista, e de quem me tornei grande amigo) para que defendesse o Jair em alguns processos, IPM’s, etc. O Afonso só cobrava as despesas de viagem e, as vezes, nem isso.

O Jair, que desaparecia da família anos seguidos (ficou oito anos direto sem ver nossa mãe) e, de repente, aparecia em momentos fugazes, dizia: “Mas que bobagem. Para que vão me defender em alguns processos se, a cada dia, pelo o eu que eu faço e continuarei fazendo, a ditadura cria um novo processo contra mim?”

2) Durante os quinze anos da clandestinidade, conseguimos encontrar pessoalmente com Jair poucas vezes para o nosso gosto porém, analisando-se as condições tremendamente adversas, foram até um bom número de vezes (sendo que eu fui privilegiado com maior freqüência pois, montar logística de encontro com a família toda era muito, muito arriscado mesmo). Às vezes a família juntava um dinheirinho (um vendia as férias no trabalho, outro se virava p/economizar mais um pouco, etc.) e eu era o mensageiro que ia entregar o dinheiro ao Jair para ele fosse embora para fora do país. Mas eu o encontrava e ele dizia: “eu não vou não, é preciso resistir aqui dentro e a organização já está se refazendo...”. Nós, família, ficávamos extremamente temerosos pela sua integridade física. Lembro-me que em meados de 1973, governo Médici, auge da repressão, uma companheira sua dizia: ele precisa sair. Não adianta. Está tudo desbaratado. Eles estão muito bem armados, têm todo o poder nas mãos. Os companheiros estão sofrendo torturas terríveis e os homens estão agora é eliminando mesmo, sem nenhuma cerimônia. Seu irmão é um cabeça-dura. Ele precisa sair para não ser morto pela repressão.

Mas, ao final, a AP não foi totalmente desbaratada coisa nenhuma e deu isto sim, uma enorme DOR DE CABEÇA aos poderosos de então.

Lembro-me agora de uma declaração do CHICO BUARQUE de que a ditadura encheu muito o saco dele, mas ele também encheu muito o saco da ditadura.

A AP, com muitos sacrifícios, perdas irreparáveis... Vou simplificar citando só uma dessas vítimas, entre tantos, um representante simbólico: JOSÉ CARLOS DA MATTA MACHADO.

Isto porque lembro que fui, durante aquela longa noite escura, e até 1972, o mensageiro de notícias suas, em algumas oportunidades, para seu pai: o simpático Professor Edgar da Matta Machado (ora na Editora Vega, ora na sua residência – tínhamos medo de tudo!) e via a alegria estampada no rosto do pai e da mãe ao ter notícia do filho (como similarmente acontecia conosco lá em casa em relação ao Jair).

O Jair teve, na clandestinidade, muitas aparências (cabeludo, barbudo e sem barba, com bigode e sem bigode, até louro ficou uma vez) e uma infinidade de codinomes: DORIVAL (talvez o mais usado), DORI, RUBENS, JOSÉ ROBERTO, JUCA, MOREIRA, etc., etc., etc.

Vejam a magnitude do companheirismo e amizade: O José Carlos da Matta Machado batizou seu filho com o nome de Dorival. E o Otto batizou um de seus filhos com o nome de Jair Dorival.

2.1) Aqui cabe uma observação muito importante sobre “as vítimas”:

“As mortes dos militantes, os ‘desaparecidos políticos’, as dores da tortura dos militantes de AP, de outras organizações e de outros brasileiros que lutaram da forma que lhes foi possível (como nossos músicos, artistas, pessoas do calibre e têmpera de um OSCAR NIEMEYER e tantos outros), NÃO FORAM EM VÃO!”

“Se temos a liberdade que temos hoje só devemos a eles: nossos mártires! A ninguém mais.

Eles que resistiram quando a maioria do povo brasileiro estava amordaçada e com a visão embaçada pelos truques de marketing dos poderosos. Detinham (será que devo usar este verbo no tempo passado mesmo?) todo poder, principalmente de comunicação e propaganda. Era circo e ópio, o tempo todo. E, durante vinte longos anos, se impuseram pela força da tortura e da mordaça mesmo! Imaginem se não houvesse resistência, o que seria?”

3) Logo após a Lei da Anistia em 1979 assisti muitos Atos Públicos em BH: na Faculdade de Direito, no CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia), na Faculdade de Ciências Econômicas, em praças públicas, enfim... E, em algumas oportunidades eu voltava a ficar temeroso como antes, pois o Jair, em seus discursos, provocava e atacava frontalmente os militares:
“Quero mandar um recado para o General de Plantão...”; “Eu sou um Atestado de Incompetência dos militares...”, e, em uníssono, o pessoal vibrava; “O povo, unido, jamais será vencido. O povo, unido, .....”

Eu ficava sem entender os ataques diretos, mas depois compreendi muito bem.

Naqueles dias existia uma linha muito tênue separando a recém liberdade (ainda a ser completamente conquistada) do poder que permanecia governando, com aparelho repressor intacto e com “representantes” em todas aquelas assembléias. O recado do Jair era direto e tinha receptor presente. Infelizmente algumas pessoas também não entenderam, até gente com militância em organização de esquerda, que fora preso, etc., pois chegaram a achar que o Jair “contava vantagem” por “nunca ter sido preso”. Naturalmente eram pessoas que, de fato, não conheciam o Jair. Mal sabiam elas o quanto o Jair sofria com a prisão, tortura e morte de seus companheiros... E que, naquela hora, pós Lei da Anistia, era preciso demarcar posição. Mostrar força. Mobilizar as forças populares para consolidar a Anistia.

Bom, voltando ao eixo: em meados de 2001 o Otto iniciou a pesquisa e entrevistas. Nessa fase, por outras duas vezes e outras oportunidades nossa família, com apoio financeiro, ajudou muito, principalmente o nosso PÉ DE BOI MAIOR, para que o OTTO desse partida no seu projeto. Isto foi muito importante, pois possibilitou que ele viajasse muito, entrevistasse muitas pessoas importantes, dedicasse horas e horas dos últimos anos à pesquisa, aprofundando-a, colhendo informações em documentos encontrados nos arquivos que estão liberados (incluindo o arquivo do próprio Jair e de outros dirigentes da AP). Depois outros amigos o ajudaram também, inclusive financeiramente, para que tivesse condições de prosseguir com o trabalho.

E ele ainda não terminou o livro, não apenas porque teve muitos revezes um dos quais citarei abaixo, mas teve também muitas dificuldades que enfrentou, sendo uma delas, a própria complexidade da história da AP. Uma história bem diferente daquela que ele imaginava que conhecia e bem diferente da conclusão que havia chegado naqueles três primeiros anos de trabalho para o livro. Quando iniciou a pesquisa, a previsão era realizar vinte e poucas entrevistas e terminou fazendo mais de duzentas.
Ele próprio afirma: “Ainda assim não conseguia entender a complexidade da história da AP, porque a história oral (as entrevistas) dá emoção a narrativa, mas precisa ser comprovada documentalmente. Só fui compreender toda a complexidade da história da AP e do papel do Jair e de outros dirigentes, militantes da organização e familiares com a comprovação da história documental, que inclui dezenas de documentos internos das várias fases da AP, os jornais Brasil Urgente, Revolução e Libertação, além dos jornais por fábrica. Inclui todos os 49 processos abertos pela ditadura contra dirigentes, militantes e simpatizantes da AP. E mais 23 processos IPMs relacionados indiretamente a AP, incluindo os abertos contra o PRT (dissidência da AP encabeçada pelo Vinicius Caldeira Brant) e alguns do PCdoB. Portanto, são no total 72 processos. Além dos relatórios que os órgãos policiais fizeram sobre a AP. E o trabalho incluiu ainda a leitura de dezenas de livros relacionados direta e indiretamente ao tema. Além de pesquisas específicas e fundamentais, como uma pesquisa exaustiva sobre o episódio do Araguaia, porque parte importante da direção e de militantes da AP foi para o PCdoB, na época. Recolhemos também todos os filmes, documentários e teses que foram feitos sobre militantes e dirigentes da AP. O meu erro foi ser voluntarista e não avaliar corretamente que o processo de preparar um livro com essa envergadura é demorado mesmo.
Por isso, somente em 2007, quando a poeira assentou, fiquei mais distante e depois de reorganizar e reler as entrevistas, de reler os livros e rever os filmes, de reorganizar e reler toda a documentação é que entendi na sua profundidade – com a história oral, mas principalmente com a história documental – o que foi a saga da Ação Popular, a saga do Jair, de seus dirigentes, militantes e simpatizantes, amigos e familiares.
A partir daí, então, é que passei a formatar os capítulos com texto final. .....”

Enfim, seu livro, em dois volumes, pretende, e vai ser, uma HISTÓRIA COMPROVADA DOCUMENTALMENTE.

Na verdade ele está realizando um trabalho não apenas de resgate histórico, mas também acadêmico, quase uma tese de doutorado.

Mas, por situações da vida, ele teve muitos revezes. Teve que superar muitos óbices e luta com uma dificuldade ENORME. Sua situação é realmente muito difícil, inclusive a parte dentária que está precária. Lembra-me até alguns, dos muitos, difíceis momentos do Jair na clandestinidade: mudando constantemente de casa e lugar, sem dinheiro e com muitos dentes precisando tratar de canal, um monte de cáries, etc..

Enfim, nessa toada o OTTO não conseguirá terminar o livro tão cedo e, para não me estender muito, vou resumir, de forma dramática, mas é verdade:

O Otto precisa terminar este livro antes que todos morram, inclusive ele próprio.


FORMA DE CONTRIBUIÇÃO

1 – Imaginei, com ajuda e sugestão de um amigo, o Nelson Laudelino Lopes (exemplo de pessoa idônea, sem militância formal, mas que, na prática do cotidiano, pelo seu respeito e carinho com operários, etc. representa uma gama enorme do povo brasileiro que age no dia-a-dia, anonimamente, em prol de um país melhor) uma forma de contribuição que não constrangesse o Otto e sua família e que, ao mesmo tempo, fosse eficaz e totalmente transparente para os participantes do Grupo de Apoio.

Nosso intuito é estabelecer uma união séria e firme com a qual esperamos chegar até a conclusão do livro no menor tempo possível. É o seguinte:

1.1 – Espera-se que cada um contribua com uma doação mensal, por um período mínimo de 12 (doze) meses. Com qualquer quantia, porém colocamos o valor de R$ 100,00 como referência. Cada um enviará o que for possível, dentro de suas possibilidades e dentro de sua vontade de ver o êxito do projeto, recuperando o tempo perdido e avançando para uma rápida conclusão.

1.1.1 – Quem puder, tiver condições, poderá fazer o depósito das suas 12 parcelas de uma só vez. Em parcela única. Será muito bom porque acelerará bastante o processo.

2 – Pedi ao Otto o número de uma conta e ele não tem conta em banco, pois não pode ter despesa nenhuma mesmo. Existe uma conta poupança com saldo de R$ 0,17 em seu nome e de sua esposa, MOEMA, que será utilizada para este projeto. Não vou fornecer os dados agora porque queremos começar de maneira organizada, controlada e transparente, conforme abaixo:

2.1 – Cada participante enviará um e-mail para
euricosa@hotmail.com com cópia para ofilguei@uol.com.br, informando seu nome completo, o seu e-mail (já estará automaticamente identificado a menos que ele queira ser comunicado em outro), seu número de telefone e quanto pretende doar. Receberá imediatamente um e-mail de retorno transformando este valor, que será acrescido de um ou mais centavos. Assim se pretender doar R$ 100,00 receberá o e-mail retorno pedindo que deposite R$ 100,15. Significará que foi o décimo quinto participante a entrar no grupo e que este número de centavos será seu número de identificação.

3 – Até o dia cinco de cada mês subseqüente o Otto enviará para todos os participantes um demonstrativo com o nome de todos os depositantes, data de depósito de cada um e total arrecadado naquele mês.

No mais agradeço a todos, me desculpando por ter me alongado demais e mandando um GRANDE ABRAÇO, esperando, com confiança, que nos encontraremos no dia do LANÇAMENTO DO LIVRO.

Eurico Ferreira de Sá Filho

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2.009.


P.S.: O filho único do Jair, Miguel Borba de Sá, que, em 30/01/1985, perdeu seu pai aos três anos de idade, e, em 15/07/1998, perdeu também sua mãe (Ângela Borba Carvalho), portanto ainda menor, aos quinze anos de idade, continua aguardando, desde 2003 que a Comissão de Anistia reconheça sua dependência econômica do pai. O Jair foi anistiado em 1979, quando se revogaram aqueles mandados de prisão. A comissão de Anistia o reconhece como anistiado, reconhece que a comprovação de que foi PERSEGUIDO
POLÍTICO é “IRREFUTÁVEL”, mas ainda não reconheceu a relação de dependência econômica do Miguel para com seu pai. Seu processo é o de número 2003.01.30297 iniciado em 18 de setembro de 2003.

Enquanto isso, outros processos são aprovados numa celeridade incrível.


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